Segundo pesquisa feita nos EUA, muitos jovens de 12 a 16 anos são vitimizados por quem tem contato com eles todos os dias
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h35 - Atualizado às 23h55
Uma em cada quatro crianças e adolescentes são assediadas sexualmente pela internet, e os autores das investidas não são estranhos e pedófilos, e sim os próprios amigos delas. É o que revela um estudo realizado nos Estados Unidos com 439 estudantes de 12 a 16 anos.
Segundo pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan, 24% dos alunos entrevistados afirmaram já ter sido pressionados por amigos on-line para falar de sexo quando não queriam.
O principal autor do estudo, Thomas Holt, professor associado de justiça criminal, diz que é preciso ter consciência de que as crianças podem ser vitimizadas por quem convive com elas todos os dias.
As principais vítimas de assédio sexual, de acordo com o levantamento, jovens que possuem menos autocontrole. As garotas também são abordadas com mais frequência.
Os pesquisadores concluem que muitos dos esforços feitos pelos pais para filtrar pedófilos ou vigiar os filhos nas redes sociais podem não ter efeito. Para eles, o bom e velho diálogo ainda é o meio mais eficiente para minimizar esse tipo de risco.
Os resultados foram publicados no Journal of Contemporary Criminal Justice.