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3 coisas que você deve saber antes de ir ao ginecologista

A mulher tem o direito de recusar qualquer parte do exame e seus desejos devem ser respeitados - iStock
A mulher tem o direito de recusar qualquer parte do exame e seus desejos devem ser respeitados - iStock

Redação Publicado em 18/05/2022, às 18h00

Se você é uma mulher ou uma pessoa com órgãos reprodutivos femininos, o principal profissional de saúde que precisará visitar é o ginecologista. Porém, ir ao consultório ginecológico pode gerar dúvidas e, muitas vezes, provocar receio e insegurança. Por isso, separamos três coisas que você precisa saber antes de ir ao ginecologistapara ter uma experiência mais tranquila e confortável:

1. Quando procurar um ginecologista?

Normalmente as mulheres são orientadas a visitarem o ginecologista pelo menos uma vez por ano para fazerem exames de rotina. Essa recomendação é realizada especialmente se a mulher tem uma vida sexual ativa. Caso contrário, ela pode espaçar um pouco mais e ir ao ginecologista a cada dois anos. 

Além disso, todas as garotas podem procurar esse profissional assim que entram na puberdade. Esse é um bom momento para conversar com um especialista sobre as mudanças que estão para acontecer. Ser virgem não é motivo para fugir do ginecologista. Em geral, uma mulher deve ir ao ginecologista quando apresenta: 

  • Períodos menstruais dolorosos ou irregulares;
  • Dor pélvica grave ou dor durante o sexo;
  • Infecções vaginais recorrentes, como candidíase;
  • Infecções do trato urinário frequentes;
  • Foi vítima de agressão sexual;
  • Para fazer controle de natalidade e saber quais métodos contraceptivos tem à disposição para evitar uma gravidez indesejada. 

Entre os principais cuidados ginecológicos realizados em uma consulta estão:

  • O exame papanicolau, feito para examinar o colo do útero e fazer a prevenção do câncer;
  • Discussão de opções anticoncepcionais;
  • Soluções para períodos menstruais dolorosos, com fluxo muito intenso ou irregular;
  • Testes para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia ou gonorreia;
  • Avaliação de sintomas de uma infecção do trato urinário, como queimação ao urinar, urina turva ou ensanguentada, urinar mais frequentemente do que o habitual ou sentir uma intensa vontade de urinar;
  • Dor ou desconforto durante o sexo;
  • Erupções cutâneas ou irritação na vulva (parte externa da vagina);
  • Sintomas de perimenopausa ou menopausa, como períodos irregulares, ondas de calor ou secura vaginal.

Confira:

2. O que discutir durante a consulta?

Há alguns pontos importantes para serem discutidos durante uma visita ao ginecologista e anotar as dúvidas que você deseja tirar com o profissional pode ajudar:

  • O histórico sexual (é ativa sexualmente ou não, número de parceiros e quaisquer preocupações com a exposição a ISTs, por exemplo);
  • Problemas com vazamento de urina ou dificuldade em controlá-la;
  • Baixo desejo sexual;
  • Desconforto ou dor durante o sexo;
  • Períodos menstruais de fluxo muito intenso ou irregulares;
  • Qualquer odor vaginal ou desconforto;
  • Preocupações sobre ou planos para ter filhos no futuro.

3. Como se sentir mais confortável no ginecologista?

É normal sentir-se nervosa ao visitar um ginecologista, afinal, você está discutindo tópicos sensíveis e pode se sentir vulnerável e, até mesmo, desconfortável durante os exames. Assim, algumas estratégias podem ajudar a maximizar o conforto e a segurança durante essas visitas:

  • Se você estiver ansiosa ou nervosa para ir ao consultório, não tenha medo ou vergonha de avisar o ginecologista, ele ou ela poderá te acalmar;
  • Faça todas as suas perguntas antes do início do exame físico;
  • Se necessário, peça para o ginecologista explicar como é feito o exame. Saber o que  esperar pode ajudá-la a se sentir mais preparada;
  • Diga ao ginecologista se este é seu primeiro exame pélvico;
  • Se você já sofreu agressão sexual ou trauma no passado, avise ao profissional que esses tipos de exames podem ser difíceis para você, dado o seu histórico;
  • Pratique a respiração consciente ou outras técnicas de relaxamento durante o exame.

É importante ressaltar que a mulher tem o direito de recusar qualquer parte do exame e seus desejos devem ser respeitados pelo ginecologista. Além disso, ela também tem o direito de pedir um acompanhante durante a consulta se isso a faz se sentir mais confortável.

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