Redação Publicado em 07/01/2022, às 17h30
O combate ao abuso sexual infantil é uma luta árdua e longa. Isso porque, muitas vezes, o criminoso é alguém conhecido da família, de confiança ou uma pessoa que vive na mesma casa.
Além disso, as vítimas, especialmente as mais jovens, podem não entender que o que está acontecendo com elas é abuso – e falar sobre isso pode ser difícil por causa da vergonha e do medo.
Assim, os pais desempenham um papel fundamental nessa batalha. Eles podem ensinar aos filhos como mantê-los seguros e evitar qualquer tipo de abuso sexual.Veja três dicas de como ajudar e orientar os pequenos:
Pode parecer estranho, pois, às vezes, pensamos em palavras como "pênis" ou "vagina" como termos que não devem ser usados em conversas regulares – e algo que não queremos que as crianças saiam repetindo por aí.
Entretanto, ao ensinar os nomes reais de todas as partes do corpo, incluindo seus genitais, fazemos duas coisas importantes: damos a eles as palavras apropriadas para usar para nos dizer se algo acontecer, e deixamos as crianças saberem que são livres para falar com você sobre todas as partes do seu corpo, inclusive as íntimas.
Confira:
Qualquer toque em qualquer lugar que não seja bem-vindo, ou se sinta inapropriado para a situação, é algo que as crianças devem contar aos seus pais. Isso é importante porque, muitas vezes, o abuso sexual pode começar de forma enganosa, com agressores mostrando afeto que não é sexual – abraços extras, tocar um braço ou uma perna, um beijo.
Isso não significa que todo toque no braço feito por um adulto seja ruim. A grande maioria está perfeitamente adequada. Mas,é fundamental ajudar as crianças a ouvir seus instintos e ensiná-las a informar os pais sobre quaisquer toques.
Vale lembrar ainda que os pais também precisam estar de “ouvidos abertos” quando seu filho(a) conta sobre um toque que os deixou desconfortáveis. Nunca duvide e sempre leve a sério, faça perguntas e entenda o que provocou o incômodo.
Às vezes, o que impede uma criança de dizer qualquer coisa é que ela se sente intimidada e com vergonha de falar sobre o assunto. Ensinar os nomes apropriados para partes do corpo é um começo, mas à medida que elas crescem, é importante continuar a conversa.
Fale sobre as mudanças corporais, imagem corporal, sexualidade e relacionamentos saudáveis. Quando houver imagens ou mensagens sexuais na mídia, em vez de ignorá-las, use-as como iniciadores de conversa. Deixe as crianças saberem que estes são tópicos que você está feliz em discutir.
Em geral, falar sobre sexo é difícil para os pais. Queremos que os filhos permaneçam inocentes, mas, ao permitir e encorajar conversas, não só abrimos caminho para relacionamentos mais saudáveis, como também ajudamos a mantê-los mais seguros.
Fonte: Harvard Health Publishing
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