Alimentar-se bem pode ser um dos segredos das pessoas que chegam aos 100 anos
Redação Publicado em 08/09/2022, às 13h00
Você sabe o que são telômeros? São pequenas tampas protetoras nas extremidades das moléculas de DNA que compõem nossos cromossomos. O trabalho deles é impedir que as extremidades dos cromossomos se desfiem ou grudem umas nas outras, assim como aqueles plásticos nas pontas dos cadarços de sapato. Conforme suas células se replicam, os telômeros ficam mais curtos com o tempo, de acordo com estudo da Universidade de Utah.
À medida que encurtam, eles podem fazer com que as células funcionem mal e morram, e os mais curtos têm sido associados a condições como câncer e doenças cardiovasculares. A pesquisa também mostrou que fatores de estilo de vida, incluindo dieta, podem acelerar (ou retardar) o processo de encolhimento, que às vezes é considerado um “relógio de envelhecimento”. Ou seja, alguns alimentos podem realmente modificar nossos telômeros, o que é perigoso, pois eles nos ajudam a diminuir o risco de doenças.
Sim, sabemos que um dos maiores desejos do homem sempre foi descobrir o segredo para viver mais. Porém, não há como saber o que faz com que algumas pessoas cheguem aos 100 anos. Assim, como vemos, uma alimentação saudável é algo que certamente fará diferença. Pensando nisso, alguns especialistas listaram quatro alimentos que podem contribuir para a diminuição dos telômeros. Dessa forma é melhor limitar o consumo desses itens, se você realmente quiser ter mais chances de ter uma vida longa e saudável.
Bebidas alcoólicas em excesso são ligadas a condições crônicas de saúde. Estudo apresentado na Reunião Anual da Associação Americana de Pesquisa do Câncer de 2010 apontou que o álcool também pode acelerar o encurtamento dos telômeros. Pesquisadores analisaram o DNA sérico de indivíduos que abusaram do álcool (22% ingeriram quatro ou mais doses por dia) e daqueles com uso moderado de álcool. Os telômeros eram visivelmente menores naqueles que bebiam muito. Na verdade, eles tinham a metade do comprimento dos telômeros de quem não abusou (0,41 vs. 0,79 unidades relativas).
Outro vilão dos telômeros é a carne processada, como salame, presunto, salsicha, bacon e mortadela, entre outros. Um estudo de 2008 com 840 pessoas no The American Journal of Clinical Nutrition analisou o efeito que vários grupos de alimentos tiveram no comprimento dos telômeros. Pesquisadores descobriram que aqueles que consumiram uma ou mais porções de carne processada a cada semana tinham telômeros mais curtos do que aquelas que não comeram nenhuma carne processada.
Várias pesquisas já mostraram que a ingestão em excesso de carne vermelha, como hambúrgueres e bifes, está associada a doenças cardíacas e câncer, e isso pode estar relacionado ao seu efeito sobre os telômeros. Para um estudo em nutrição clínica, ratos foram alimentados com quantidades variadas de carne bovina ou de frango por quatro semanas. Mais carne vermelha na dieta foi associada à diminuição do comprimento dos telômeros nas células do cólon. Descobertas semelhantes foram mostradas para a carne branca, embora a vermelha tenha um efeito maior. A boa notícia: as dietas que incluíam amido resistente, um bom carboidrato que ajuda a queimar gordura, enfraqueciam o efeito da carne vermelha nos telômeros. Portanto, mais uma razão para consumir alimentos ricos em amido resistente, incluindo bananas e lentilhas.
Refrigerante açucarado é uma ameaça para os telômeros. Estudo com 5.309 adultos publicado no American Journal of Public Health descobriu que uma porção diária de 600 ml de refrigerante estava associada a 4,6 anos de envelhecimento precoce. Para ter uma ideia, esta seria a mesma quantidade que os pesquisadores vincularam ao tabagismo. Beber um refrigerante de 240 ml por dia teve um impacto menor: estava relacionado a um envelhecimento adicional de 1,9 anos. Embora os pesquisadores não tenham encontrado uma ligação entre os telômeros e o refrigerante diet não açucarado, ele pode não ser melhor opção. A pesquisa mostra que beber a versão diet diariamente está associado a um risco 67% maior de diabetes tipo 2. E adoçantes artificiais também podem aumentar o desejo por açúcar.
Fonte: Health
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