Redação Publicado em 26/07/2022, às 15h00
Muitas pessoas encontram na música uma ferramenta de mudança, capaz de desempenhar um papel importante para o bem-estar mental e físico. Mas como isso acontece?
Segundo um artigo da Harvard Health Publishing, estudos recentes já mostraram que o uso de intervenções musicais (ouvir música, cantar e musicoterapia) pode criar melhorias significativas na saúde mental e na qualidade de vida relacionada à saúde física.
Como seres humanos complexos de uma grande variedade de culturas, a nossa conexão com a música é algo extremamente pessoal. O relacionamento com a música pode ser versátil e depender do humor, das preferências, da situação social e das vivências anteriores. Em diversos contextos, a música pode:
Confira:
A música pode ativar as mais amplas e diversas redes do cérebro. Ela aciona o córtex auditivo nos lobos temporais perto dos ouvidos, mas isso é apenas o começo. Ela impacta diferentes partes do cérebro envolvidas com as emoções, uma variedade de regiões de memória e, curiosamente, a música ativa o sistema motor.
Mas por que ativar o cérebro é tão importante? As vias cerebraissão reforçadas quando são utilizadas e enfraquecidas quando não são. Ou seja, o cérebro não vai se preocupar em manter um caminho cerebral forte quando não é usado há muitos anos.
Um exemplo é quando deixamos de falar um idioma sem ser a nossa língua materna por anos. Várias das antigas vias se degradaram e os neurônios estão sendo usados para outros fins, o que pode tornar a comunicação através desse segundo idioma muito mais difícil.
A música pode ativar quase todas as regiões e redes cerebrais, sendo capaz de manter uma infinidade de caminhos cerebrais e redes fortes, incluindo os envolvidos no bem-estar, no aprendizado, na função cognitiva, na qualidade de vida e na felicidade.
A musicoterapia utiliza intervenções musicais baseadas em evidências para atender às metas terapêuticas. Ela acontece entre um paciente (e possivelmente seus cuidadores e/ou família) e um terapeuta musical que fará uso do canto, exploração de instrumentos, composição, movimento, criação de música digital e escuta e criação de playlists, por exemplo, com a meta de melhorar a saúde e o bem-estar.
Alguns desses objetivos podem incluir diminuir a ansiedade, melhorar o humor, diminuir a percepção de dor durante um câncer, aumentar a expressão, encontrar motivação, entre muitos outros.
A abordagem de usar a música para alcançar esses propósitos – e melhorar a qualidade de vida – pode mudar dependendo do momento que o paciente está enfrentando. Um terapeuta musical pode ajudá-lo a encontrar o que funciona melhor para uma determinada situação.
Veja também: