A condição é considerada comum e atinge de 10% a 20% das mulheres puérperas
Redação Publicado em 15/09/2021, às 15h30
A depressão pós-parto é uma condição extremamente comum e que afeta milhares de mulheres ao redor do mundo.
Segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), de 10% a 20% das mulheres irão enfrentar alguma dificuldade nesse campo durante a gestação ou no pós-parto. Outra pesquisa, da Fiocruz, diz que esse número é ainda maior, revelando que uma em cada quatro mulheres pode apresentar depressão após o nascimento do bebê.
Teoricamente, a condição pode afetar qualquer mulher. Entretanto, aquelas que vivem com maior vulnerabilidade social e econômica são ainda mais propensas a desenvolverem o problema.
Apesar de não ser um fenômeno raro, a depressão pós-parto ainda é, muitas vezes, mal compreendida e cercada por dúvidas. Conheça quatro mitos sobre essa condição:
Muitas pessoas acreditam que a depressão pós-parto é menos grave quando comparada a outros tipos. Porém, essa afirmação não é verdadeira.
O nascimento de uma criança muda completamente a dinâmica de uma família e, principalmente, a vida dos pais. Essa é uma fase desafiadora, cansativa e, muitas vezes, estressante, o que a torna totalmente capaz de desencadear um quadro depressivo.
Quando uma mulher desenvolve depressão pós-parto, ela pode se sentir cada vez mais deprimida, desanimada e sofrer em silêncio, impactando diretamente a sua relação com o próprio filho.
Entre os sinais mais recorrentes estão:
Se a depressão pós-parto não for tratada, pode se alongar durante muito tempo e, até mesmo, tornar-se um distúrbio depressivo crônico. Ela é uma doença como qualquer outra e, portanto, precisa de um tratamento adequado para garantir uma melhor qualidade de vida para pais, bebês e toda a família.
Nem sempre. Na verdade, a depressão pós-parto pode ser provocada por uma série de fatores diferentes que acabam aumentando as chances de desenvolver essa condição:
Infelizmente, nem sempre é assim. Ao contrário do baby blues, a depressão pós-parto pode persistir por meses caso não seja tratada de maneira correta e, se assim for, pode se tornar um problema de longo prazo.
Confira:
A depressão pós-parto pode se manifestar a qualquer momento após o nascimento do bebê, geralmente de duas a oito semanas depois, embora, às vezes, possa acontecer dentro de um período de um ano.
A depressão pós-parto é, naturalmente, associada à mulher que acabou de ter um bebê. Entretanto, existem muitos casos de homens que também enfrentam essa condição. Dessa forma, tanto o pai como a mãe podem apresentar sintomas, como desesperança, tristeza profunda, culpa e irritabilidade no período após o nascimento.
Todo esse quadro está diretamente relacionado às inúmeras mudanças que o bebê traz para o contexto familiar e para a vida pessoal dos pais quando nasce. As noites mal dormidas e as novas responsabilidades podem provocar sentimentos como estresse, ansiedade, medo e outros elementos que, se não cuidados, favorecem o desenvolvimento da depressão.
Fonte: National Health Service (NHS)
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