A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que atinge a área do cérebro responsável pelo controle dos movimentos do corpo, provocando rigidez dos músculos e lentidão dos movimentos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1% da população mundial acima dos 65 anos conviva com a doença. No Brasil são cerca de 200 mil pessoas.
Por ser uma doença progressiva, os sintomas iniciais são sutis e aumentam gradualmente. Em geral, eles começam em um lado do corpo ou mesmo em um membro esquerdo ou direito. À medida que o quadro progride, ambos os lados são afetados.
Segundo o National Institutes of Health (NIH) – Institutos Nacionais de Saúde, em português –, o Parkinson tem quatro sintomas principais:
Um dos primeiros sinais são as quedas frequentes. Com a instabilidade postural e a lentidão dos movimentos provocadas pela neurodegeneração, há o aumento dos tropeços em um indivíduo com Parkinson.
O sintoma mais característico da doença de Parkinson é o tremor, que pode ocorrer nas mãos, nos braços, nas pernas, na mandíbula ou na cabeça. A grande maioria das pessoas associa imediatamente esse sintoma ao pensar na doença, entretanto, ele é apenas um dos indícios.
Muitas pessoas com Parkinson podem experimentar a impressão da musculatura estar sempre muito contraída. Pessoas com a condição frequentemente desenvolvem uma tendência de inclinar-se para frente ao andar e, com passos mais curtos, acabam arrastando os pés.
Além disso, há uma redução do balanço dos braços ao caminhar e uma maior dificuldade para iniciar ou continuar qualquer movimento.
Confira:
Na prática, a pessoa com Parkinson se percebe mais lenta, com dificuldades de levantar de uma cadeira, por exemplo, ou com menos agilidade na hora de se vestir.
Normalmente, famílias e amigos percebem esse sintoma com mais facilidade ao notarem que a pessoa está mais lenta para realizar algumas atividades, como aquelas que envolvem a coordenação motora.
O Parkinson pode se manifestar através de outros sintomas, às vezes, antes mesmo do indivíduo experimentar a rigidez e o tremor, por exemplo. Alguns exemplos são: depressão e outras alterações emocionais, dificuldade de engolir, mastigar e falar, problemas urinários ou prisão de ventre, problemas de pele e interrupções do sono.
Apesar de a doença de Parkinson não ter cura, o tratamento é essencial e tem como objetivo controlar os sintomas, isto é, diminuir o prejuízo funcional provocado pela neurodegeneração. Assim, o portador tem maiores chances de viver uma vida mais independente e com qualidade por mais tempo.
A melhor forma de tratamento da doença é feita com a combinação dos medicamentos com a reabilitação. No caso do tratamento medicamentoso, os remédios prescritos pelo médico atuam diretamente no cérebro para retardar os sintomas do Parkinson.
Porém, nem todos os sintomas respondem bem aos medicamentos: a rigidez muscular, a lentidão dos movimentos e o tremor são os que melhor reagem a essa abordagem.
Por isso, é importante seguir um tratamento multidisciplinar, o que inclui a fisioterapia, exercícios de fonoaudiologia, acompanhamento nutricional e psicológico. Todas essas opções ajudarão, juntamente com os remédios, a reduzir o avanço dos sintomas.
Veja também:
Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez