Redação Publicado em 09/11/2021, às 16h30
O luto é universal. Em algum momento da vida, todos nós teremos um encontro com ele, seja pela morte de um ente querido, pela perda de um emprego, pelo fim de um relacionamento ou por qualquer outra mudança que altere a vida como nós conhecemos até então.
O luto também é extremamente pessoal e, portanto, não é muito claro ou linear, não existe um cronograma definido ou um limite para vivê-lo. Cada pessoa atravessa o luto de uma forma, mas é possível classificar todo o processo em algumas fases.
Os cinco estágios do luto são:
Novamente, é importante enfatizar que o luto é diferente para cada pessoa e não necessariamente todos nós iremos passar pelas cinco etapas ou, até mesmo, nesta ordem.
Uma pessoa pode começar a lidar com a perda no estágio de negociação e, em seguida, sentir raiva ou negação, bem como permanecer por meses em uma das cinco fases, mas pular completamente as outras.
O luto é uma emoção avassaladora. Não é incomum as pessoas responderem aos sentimentos intensos e, muitas vezes, repentinos, fingindo que a perda ou a mudança não está acontecendo. Negar isso parece dar um tempo para que absorva mais gradualmente a notícia e comece a processá-la.
Esse é um mecanismo de defesa comum e funciona como uma “anestesia” diante da intensidade da situação. Conforme o indivíduo sai do estágio de negação, no entanto, as emoções “escondidas” podem começar a aparecer.
Uma vez que a negação pode ser considerada um mecanismo de enfrentamento, a raiva é um efeito de mascaramento, ou seja, ela ajuda a esconder muitas das emoções e dores que o indivíduo carrega.
Essa raiva pode ser redirecionada para outras pessoas irracionalmente ou até mesmo a objetos inanimados. Além disso, a raiva pode se mascarar em sentimentos, como amargura ou ressentimento, e não necessariamente aparecer como fúria ou raiva nítidas.
Nem todos passarão por esse estágio e alguns podem permanecer aqui. À medida que a raiva diminui, no entanto, a pessoa pode começar a pensar mais racionalmente sobre o que está acontecendo e a sentir as emoções que tinham sido deixadas de lado.
Durante o luto, a pessoa pode se sentir vulnerável e desamparada. É nesse momento que ela começa a procurar maneiras de recuperar o controle, ponderar possíveis soluções para sair daquele contexto e negociar consigo mesma como uma forma de amenizar a dor.
Confira:
Enquanto a raiva e a negociação podem parecer muito “ativas”, a depressão parece um estágio mais “silencioso” do luto.
Nas fases iniciais da perda, a pessoa tende a fugir das próprias emoções, tentando ficar um passo à frente delas. Entretanto, nesse ponto, ela pode ser capaz de abraçá-las e trabalhar com elas de uma maneira mais saudável ou mesmo escolher isolar-se dos outros para enfrentar totalmente a perda.
Isso não significa, no entanto, que a depressão seja fácil ou bem definida. Como os outros estágios do luto, a depressão pode ser difícil e complicada, fazendo com que o indivíduo sinta-se confuso e cansado, por exemplo.
Vale lembrar que, se a pessoa se sentir presa nesse estágio ou não conseguir superá-lo, é importante conversar com um profissional de saúde mental para que consiga lidar melhor com esse período de enfrentamento.
A aceitação não é necessariamente um estágio feliz ou positivo do luto e não significa que o indivíduo superou a dor ou a perda. No entanto, simboliza que o luto foi aceito e a pessoa entendeu o que isso significa em sua vida.
Além disso, muitas vezes, a pessoa pode se sentir muito diferente neste estágio. Isso é totalmente esperado, visto que ela passou por uma grande mudança em sua vida que, consequentemente, também alterou a maneira como se sente sobre muitas coisas.
O ideal é olhar para a aceitação como uma forma de ver que pode haver mais dias bons do que ruins, mas os dias ruins continuarão existindo e também fazem parte da vida.
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