Redação Publicado em 18/08/2022, às 12h00
Iniciar a terapia é um grande passo em sua jornada em direção ao bem-estar mental. Seu terapeuta desempenhará um papel fundamental no seu processo de cura ou descobrimento, e é importante que você escolha aquele que melhor atenda às suas necessidades. Você vai querer ter certeza de que seu terapeuta já tratou sua condição específica antes, entender que tipo de terapia ele usa e saber se ele assume um papel diretivo ou menos diretivo.
Um bom primeiro passo é considerar para o que você está procurando terapia. É para crescimento pessoal ou para tratar uma condição específica? Esta consideração é um bom lugar para começar a encontrar um terapeuta com a formação adequada para suas necessidades.
Ao escolher um terapeuta, fazer as perguntas certas é a chave para sua jornada de cura.
Durante sua busca por um terapeuta, não tenha medo de fazer algumas perguntas para garantir que encontrou uma boa combinação. A terapia é um grande investimento de seu tempo, dinheiro e confiança. Portanto, é melhor se conectar com alguém com quem você se sinta confortável.
Aqui estão seis perguntas básicas que você deve fazer ao escolher um terapeuta:
Nem todos os terapeutas têm experiência em tratar todas as condições. Muitos se especializam ou se concentram em algumas condições. Por exemplo, um terapeuta pode se concentrar em aconselhamento matrimonial enquanto outro se especializa em transtornos de ansiedade. Se você precisar de ajuda para se curar de um abuso infantil, procure alguém especializado em trauma. Se você e seu parceiro estão lutando com a comunicação, um conselheiro familiar e de relacionamento pode ser a melhor escolha.
Pergunte ao seu terapeuta como ele planeja lidar com sua condição específica. Alguns terapeutas ficam com um tipo de intervenção, enquanto outros usam uma combinação de abordagens. Por exemplo, se você tiver sintomas de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), é importante que seu terapeuta tenha treinamento e experiência específicos no tratamento dessa condição. Você deve procurar um terapeuta que já tratou o TOC antes e entende que é melhor lidar com a terapia de exposição, em vez de apenas processar ou falar sobre experiências difíceis.
Abaixo estão alguns tipos de terapia comumente usadas:
-Terapia Cognitivo Comportamental (TCC): seu terapeuta o ajudará a identificar e mudar padrões de pensamento negativos e distorcidos. A pesquisa mostra que a TCC é eficaz para muitas condições, incluindo depressão , distúrbios alimentares e dependência, e leva a uma melhora significativa no funcionamento e no bem-estar.
-Terapia de exposição e prevenção de resposta (EPR): tratamento de primeira linha para TOC e fobias. Essa intervenção o expõe gradualmente ao seu medo até que você não tenha mais uma resposta ao medo.
-Terapia de aceitação e compromisso (ACT): aumenta a flexibilidade psicológica por meio de estratégias de atenção plena e mudança de comportamento.
-Terapia Comportamental Dialética (DBT): ajuda você a praticar e aceitar mudanças em sua vida. É eficaz na redução de automutilação e comportamentos suicidas.
É importante ter uma ideia de quanto tempo você estará em terapia. Seu terapeuta quer se concentrar no curto ou no longo prazo? A terapia terminará uma vez que você tenha mostrado uma melhora positiva suficiente? Ou é um período de tempo indefinido que pode durar o tempo que você quiser? Certifique-se de que os objetivos finais do seu terapeuta correspondam aos seus – assim como aos limites do seu orçamento. Se você só puder pagar a terapia por alguns meses, informe o terapeuta.
Alguns terapeutas assumem um papel de liderança: eles podem lhe dar objetivos específicos e trabalhos de casa para fazer, e talvez guiá-lo por meio de um programa específico. Outros assumem um papel mais passivo e colocam você no banco do motorista: eles permitem que você guie os tópicos da conversa. Qual você prefere? Você quer que seu terapeuta assuma o controle e desafie você, ou prefere sentar no banco do motorista e trazê-lo para te apoiar?
A pandemia da Covid-19 trouxe muitas mudanças ao nosso mundo. E uma delas é a normalização das consultas por telemedicina. Hoje, muitos terapeutas oferecem sessões por telefone e vídeo ao vivo, e muitos até preferem essa plataforma. Qual você prefere? Você prefere ver seu terapeuta pessoalmente ou pular o trajeto e se encontrar online? Pesquisa mostra que a teleterapia funciona tão bem quanto a terapia presencial. O estudo de 2016 descobriu que a teleterapia era uma maneira eficaz de monitorar condições crônicas e levava a resultados positivos.
Quando você começa a terapia, pode sentir que vai simplesmente “se sentir melhor”. Mas sentir-se melhor pode exigir algumas estratégias específicas. Talvez queira desenvolver melhores habilidades de enfrentamento, reduzir a conversa interna negativa, aprender a estabelecer limites ou novas estratégias de comunicação. Antes de começar, é bom saber quais são seus objetivos finais. Seu terapeuta pedirá que você preencha um questionário? Você e seu terapeuta determinarão os objetivos juntos à medida que avançam? Certifique-se de fazer essas perguntas, para que você tenha uma ideia de onde sua terapia está indo.
Além dessas perguntas, reserve um tempo para pensar sobre que tipo de terapeuta melhor atende às suas necessidades. Você prefere um terapeuta mais velho e experiente, ou talvez alguém mais jovem que possa praticar novas abordagens? Você quer alguém da mesma cultura ou está aberto a qualquer um? É importante que o consultório esteja próximo ou você está disposto a se deslocar um pouco para chegar lá? A terapia é um passo importante na sua jornada de bem-estar. É vital que você encontre um terapeuta que seja uma boa combinação para você.
Fonte: Psych Central
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