Redação Publicado em 12/01/2021, às 13h52
Durante a quarentena, que teve início em março de 2020 e até o momento segue valendo de alguma forma, o brasileiro se viu obrigado a mudar seus hábitos, sejam eles de vida pessoal ou de trabalho, o que deixou a população menos saudável. Mas as expectativas para 2021 são otimistas, já que 90% dos brasileiros têm como objetivo fazer mais pela saúde física e mental neste ano.
Isto é o que mostra a pesquisa realizada pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, que ouviu mais de 1.500 brasileiros entre os dias 17 e 18 de dezembro de 2020, com idades a partir de 20 anos, das classes ABCD, sendo 52% casados e 56% mulheres.
A pesquisa mostra dados interessantes e que ilustram como a pandemia afetou diretamente a saúde física e mental da população. Dentre os entrevistados, 47% afirmaram se sentirem menos dispostos agora do que antes do início da pandemia, sendo que as três principais preocupações mencionadas foram: estresse da rotina, confinamento prolongado e problemas financeiros.
Como perspectivas para o novo ano, 65% dos entrevistados pretendem cuidar mais da saúde mental e do tempo, enquanto 49% querem inserir mais exercícios físicos na rotina, 35% vão priorizar mais a vida pessoal e familiar, 29% desejam valorizar mais o sono e 27% vão apostar em técnicas alternativas de saúde. A parcela que não vai mudar nada para 2021 foi de apenas 5%.
Apesar das grandes dificuldades impostas pela pandemia, alguns benefícios e aprendizados ainda foram obtidos com o maior tempo gasto em casa. Enquanto a prática de atividade física caiu (de 46% para 35%), os cuidados com alimentação cresceram (de 29% para 34%), assim como a prática de meditação e as terapias alternativas (de 9% para 12%). Além disso, 83% dos entrevistados se consideram pessoas saudáveis, mesmo com a situação crítica do ano de 2020.
Outros aprendizados importantes foram: ficar mais perto da família (53%), cozinhar mais por prazer (41%), se alimentar melhor (38%), fazer exercícios em casa (31%), treinar habilidades manuais (26%), cuidar mais de si mesmo (25%) e colocar a leitura em dia (20%). A procura pelo apoio por meio da fé e da religião foi o serviço auxiliar mais procurado, com 32% das buscas, já a procura por médicos foi de 20%, nutricionistas e psicólogos 13%, instrutores físicos 12% e meditação 11%.
Além disso, as pessoas se voltaram mais para os próprios lares e passaram a valorizar aspectos do cotidiano que antes poderiam facilmente passar batidos: 54% agora gostam mais da própria casa, 53% levam mais cuidados aos familiares e amigos, 38% se dedicam à saúde da alma e outros 36% cuidam e se preocupam com o próprio desenvolvimento humano.
O principal tema de 2020 foi a saúde, conforme mostra o estudo. O uso de medicamentos aumentou para ⅕ da população, sendo que os sintomas mais citados para a utilização de remédios foram: dor de cabeça (67%), dor no corpo (49%) e ansiedade (46%).
Segundo Ligia Mello, sócia da Hibou, e responsável pela pesquisa, esse consumo faz sentido: “A falta de deslocamento nos deixou mais tempo sentados (50%) e, com isso, as dores no corpo aumentaram. Outro exemplo é o peso, que aumentou em função do maior consumo de doces (48%) o que, para a maioria, é uma forma de reduzir a ansiedade. Vale o destaque também para o trabalho de home office por mais de 10 horas por dia, que atingiu a margem de 17%".
De acordo com a pesquisa, as promessas para 2021 são otimistas para a saúde do brasileiro, seja ela física ou mental, que foi bastante abalada em 2020. Esperamos que todas essas promessas e desejos se tornem ações mais efetivas, para um ano com mais qualidade de vida.