Adolescente que não se exercita fica com ossos frágeis, alerta estudo

Seguir a recomendação de fazer uma hora de exercícios por dia, nessa fase, pode ter impacto positivo para o resto da vida

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h46 - Atualizado às 23h54

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Um estudo canadense traz um alerta importante para adolescentes que passam o dia todo sentados na sala de aula ou no computador: esses jovens podem ficar com os ossos fracos e mais propensos a fraturas. E isso pode influenciar a saúde deles pelo resto da vida.

Pesquisadores da Universidade de British Columbia e do instituto de pesquisas em saúde Vancouver Coastal acompanharam 309 adolescentes durante quatro anos, considerados os mais importantes para o desenvolvimento ósseo. Nas meninas, essa “janela” vai dos 10 aos 14 anos e, para os meninos, de 12 a 16 anos.

Nesse período da vida dos adolescentes, até 36% do esqueleto humano é formado. Isso significa que é nessa fase que se constrói a base para uma saúde óssea.

Durante a pesquisa, os jovens tiveram sua atividade física e desenvolvimento ósseo monitorados. Isso porque os ossos são sensíveis à atividade física: quanto mais a pessoa se movimenta, mais fortes eles ficam.

Exames de raios-X em 3D e alta resolução apontaram diferenças significativas nos ossos dos adolescentes que seguiam a recomendação diária de exercícios, que é de 60 minutos de atividade moderada ou vigorosa por dia (como correr, saltar ou jogar bola), e daqueles que faziam no máximo 30 minutos por dia.

De acordo com os autores do estudo, publicado no Journal of Bone and Mineral Research, a atividade não precisa ser estruturada para fazer efeito. Dançar em casa, correr com o cachorro ou brincar de pega-pega também funcionam. O duro é convencer a turma a largar a TV e o videogame para se movimentar.

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