O mês de agosto é dedicado à conscientização da importância sobre o aleitamento materno nos primeiros meses de vida
Redação Publicado em 01/08/2022, às 14h30
Nesta segunda-feira, 1º de agosto, inicia-se o "Agosto Dourado", um mês inteiramente dedicado à conscientização e ao incentivo à amamentação. Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno é o alimento mais completo para o bebê, sendo capaz de diminuir as taxas de mortes em crianças menores de cinco anos em até 13%.
A recomendação é que a amamentação seja feita até os dois anos de idade ou mais e de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida. Ela protege contra doenças, como diarreia, alergias e infecções respiratórias, e também diminui o risco de desenvolver obesidade, colesterol alto e hipertensão.
Vale lembrar que, além dos fatores nutricionais e da potente proteção contra enfermidades, o aleitamento materno ainda traz benefícios ao corpo da mãe e fortalece o vínculo afetivo entre ela e o bebê.
Entretanto, o ato de amamentar ainda é cercado por dúvidas e, para algumas mulheres, pode ser um verdadeiro desafio. Segundo um artigo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), existem alguns mitos sobre o tema que precisam ser esclarecidos. Veja quais são:
Muitas mulheres sentem desconforto nos primeiros dias após o nascimento do bebê, já que é um período de aprendizado. Porém, com apoio e posicionamento correto, ter mamilos doloridos pode ser algo evitável.
Caso uma mulher esteja enfrentando desafios e dores na hora do aleitamento materno, o ideal é buscar um consultor de lactação ou outro profissional qualificado para ajudar a superar o problema e tornar o momento prazeroso para mãe e bebê.
É fato que os bebês nascem com um reflexo para procurarem o peito da mãe. Porém, muitas mulheres precisam de apoio para posicionar o bebê de forma adequada. Além disso, para a amamentação ser feita da melhor maneira, é preciso tempo e prática, tanto para mães como para bebês.
Praticamente todas as mães produzem a quantidade de leite suficiente para o bebê. A produção desse alimento é determinada pelo quão bem o bebê está posicionado junto ao peito, a frequência da amamentação e se a criança está fazendo uma boa sucção em cada mamada.
Amamentar não é um trabalho de “uma mulher” e as mães precisam de apoio. São necessários suporte e orientação contínuos vindos de profissionais de saúde especializados e da rede de apoio, que deve prezar a saúde da mãe.
As mães podem decidir se precisam fazer uso da fórmula em algumas situações, mesmo que ainda estejam amamentando. É importante buscar informações sobre ela e outros produtos que substituem o leite materno.
Para manter a produção de leite, a mãe deve continuar oferecendo o peito ao seu bebê o mais frequente possível. Portanto, em casos como esse, pode ser útil consultar um especialista em lactação ou outro profissional qualificado para ajudá-la a construir um plano que funcione melhor e ela continue amamentando.
Confira:
Dependendo do tipo de doença, as mães geralmente podem continuar amamentando. É fundamental que mulheres em situações como essa procurem realizar o tratamento adequado, descansar, comer bem e hidratar-se.
Em muitos casos, inclusive, os anticorpos que o corpo da mãe produz para tratar a doença serão passados para o bebê, que acabará construindo a própria defesa também.
Em relação ao medicamento, antes de qualquer coisa, é importante informar ao médico quando se está amamentando e ler as instruções antes de consumir qualquer medicamento. Em algumas situações, pode sim ser necessário tomar remédios. Nesses casos, também é importante avisar ao médico do bebê sobre a medicação.
Todos os bebês são diferentes: alguns podem ser mais apegados e outros nem tanto, isso independente da forma como são alimentados. O aleitamento materno fornece não apenas a melhor nutrição para a criança, mas também é importante para o seu cérebro em desenvolvimento e para melhorar o vínculo com a mãe.
Não há evidências de que seja mais difícil parar com a amamentação após um ano. Em contrapartida, há evidências de que o aleitamento materno até os dois anos de idade é benéfico para mãe e bebê. Todas as mães e bebês são diferentes e precisam determinar, junto com o médico, quanto tempo querem seguir amamentando.
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