Cada tipo pode conter nutrientes e minerais ligeiramente diferentes
Redação Publicado em 16/12/2021, às 10h00
Bastante populares na culinária oriental, as algas marinhas podem trazer inúmeros benefícios à saúde, além de ajudar a tireoide a funcionar melhor e até favorecer a perda de peso.
Existem vários tipos diferentes e, geralmente, todos contêm muitos minerais que são fáceis de se decompor no corpo. Entre os mais conhecidos, destacam-se nori, kelp, wakame, kombu, dulse e algas verde-azuladas, como espirulina e clorela. Essa variedade pode facilitar sua incorporação em diferentes receitas.
A seguir, conheça alguns benefícios das algas marinhas, além de potenciais riscos.
Cada tipo de alga marinha pode conter nutrientes e minerais ligeiramente diferentes. Consumir algas marinhas pode ser uma maneira simples de aumentar a ingestão de vitaminas e minerais sem adicionar muitas calorias. Um estudo publicado na Marine Drugs observa que as algas marinhas geralmente são um bom suprimento de proteína, carboidratos, fibras, minerais e ácidos graxos poli-insaturados. Outro estudo, publicado no Journal of Applied Phycology observa que vários tipos de algas marinhas contêm nutrientes, como vitaminas C, E, B e A, ferro e iodo; além de antioxidantes, que podem proteger o corpo do estresse oxidativo e reduzir a inflamação em nível celular.
A glândula tireoide controla e libera hormônios para produção de energia, crescimento e reparo celular. A tireoide precisa de iodo para funcionar corretamente, mas a quantidade de que uma pessoa necessita depende da saúde da glândula. O tipo de alga marinha e o local em que foi cultivada podem alterar o conteúdo de iodo, o que pode torná-la uma fonte não confiável.
De acordo com pesquisa de 2021, o consumo de várias algas marinhas inteiras ou produtos alimentares que contenham algas marinhas pode causar a ingestão excessiva de iodo. Alguns suplementos dietéticos de algas marinhas podem não fornecer iodo adequado, enquanto outros oferecem mais do que o valor diário.
A deficiência de iodo é uma das causas do hipotireoidismo, quando a tireoide é pouco ativa, e pode causar sintomas como fadiga, intolerância ao frio e dores musculares e nas articulações. Também pode causar bócio, aumento visível da glândula tireoide. No entanto, a ingestão excessiva de iodo pode piorar os sintomas de hipertireoidismo de uma pessoa. Isso ocorre quando uma glândula tireoide hiperativa produz quantidades excessivas de hormônios.
Alimentos ricos em fibras podem ajudar no diabetes. Isso ocorre porque grandes quantidades de fibra ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue e níveis de insulina. Adicionar algas marinhas à dieta pode ajudar a aumentar a ingestão de fibras sem um grande aumento nas calorias.
Estudo de 2018, em ratos, descobriu que os compostos de um tipo de alga marinha podem reduzir diretamente os marcadores de diabetes tipo 2, como níveis elevados de açúcar no sangue. Os compostos das algas marinhas também podem reduzir os fatores de risco do diabetes, como inflamação, altos níveis de gordura e sensibilidade à insulina. Pesquisas futuras em humanos podem ajudar a fornecer evidências mais fortes para o uso desses compostos.
As bactérias nos intestinos desempenham um papel importante na decomposição dos alimentos e no apoio à digestão e à saúde em geral. As algas podem ser um alimento ideal para o intestino. Autores de um estudo no Journal of Applied Phycology relatam que as algas tendem a conter grandes quantidades de fibras, que podem representar 23%–64% do peso seco delas.
Essa fibra pode ajudar a alimentar as bactérias do intestino, que quebram as fibras em compostos que melhoram a saúde intestinal e o sistema imunológico. Adicionar algas à dieta pode ser uma maneira simples de fornecer prebióticos para o intestino, o que pode ajudar pessoas com problemas como prisão de ventre ou diarreia. Pesquisa de 2020 sugere que o alto teor de fibras das algas marinhas faz com que elas atuem como um laxante natural.
A fibra das algas marinhas pode beneficiar as pessoas que estão tentando perder peso. Isso ocorre porque as fibras são baixas em calorias e ajudam a pessoa a se sentir satisfeita. De acordo com o estudo em Marine Drugs, uma grande quantidade de fibra alimentar retarda o esvaziamento do estômago. Como resultado, o estômago pode atrasar o envio de sinais de fome ao cérebro, o que pode ajudar a prevenir excessos.
O mesmo estudo observa que alimentos ricos em fibras, como algas, também podem reduzir os níveis de colesterol. Essas fibras solúveis ligam-se aos ácidos ou sais biliares. O corpo, então, usa o colesterol para repor esses elementos, o que pode diminuir o colesterol total de uma pessoa em até 18%. Além disso, o alto teor de antioxidantes de muitos tipos de algas pode apoiar a saúde cardíaca ao longo do tempo.
Usar cosméticos que contenham algas marinhas pode ser benéfico para a pele de uma pessoa. Os efeitos anti-inflamatórios mais o alto teor de antioxidantes e compostos bioativos podem ajudar a melhorar a saúde da pele. Uma revisão de 2019 sugere que o uso de algas marinhas em cosméticos pode ter um efeito hidratante e protetor sobre a pele, o que pode ajudar a reduzir a acne, uniformizar o tom da pele e retardar os sinais de envelhecimento.
Antes de adicionar algas marinhas à sua dieta, conheça alguns possíveis problemas associados ao consumo excessivo:
A maioria das algas contém altos níveis de iodo, e uma pessoa pode consumir muito se comer muitas algas por um período prolongado. Embora muitas pessoas possam lidar com altos níveis de iodo, algumas são mais vulneráveis aos seus efeitos, que podem incluir hipertireoidismo. Essa condição, como foi dito, pode causar alterações de peso ou inchaço e rigidez no pescoço. Qualquer pessoa com esses sintomas deve parar de consumir iodo e consultar o médico para uma avaliação completa.
Outra preocupação comum envolve metais pesados, uma vez que as algas absorvem minerais e nutrientes do mar. Um estudo da Chemosphere descobriu que, nas algas comestíveis, os níveis de metais tóxicos, como alumínio, cádmio e chumbo, são geralmente muito baixos.
Já um outro estudo, da Scientific Reports, investigou dez metais potencialmente perigosos em algas marinhas e chegou a uma conclusão semelhante, embora os autores tenham pedido mais pesquisas com outros metais. Embora os níveis possam ser baixos, metais tóxicos podem se acumular com o tempo em uma pessoa que come algas marinhas diariamente. Embora o risco geral seja baixo, pode ser uma boa ideia garantir que a alga marinha seja orgânica e proveniente de uma fonte de alta qualidade.
As pessoas podem adicionar algas marinhas à dieta de várias maneiras. Veja algumas ideias:
Fonte: Medical News Today
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