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Amamentação reduz risco de doenças cardiovasculares em mães

A recomendação é que os bebês sejam amamentados de forma exclusiva por, pelo menos, seis meses - iStock
A recomendação é que os bebês sejam amamentados de forma exclusiva por, pelo menos, seis meses - iStock

Redação Publicado em 11/01/2022, às 15h30

Mulheres que amamentam são menos propensas a desenvolverem doenças cardíacas, derrame ou morrerem devido a condições cardiovasculares quando comparadas às que não amamentam, aponta uma meta-análise divulgada no Journal of the American Heart Association (JAHA).

A importância do aleitamento materno

Os benefícios do aleitamento materno para as crianças são bem conhecidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ato de amamentar está diretamente associado a menos infecções respiratórias e menor risco de morte por doenças infecciosas entre os bebês amamentados. 

Além disso, a amamentação também está ligada a outros benefícios, dessa vez para a saúde materna, incluindo menores chances de desenvolver diabetes tipo 2, câncer de ovário e câncer de mama.

11% menos risco

Para a meta-análise, os pesquisadores revisaram informações de oito estudos realizados entre 1986 e 2009 na Austrália, China, Noruega, Japão e Estados Unidos. A revisão incluiu registros de saúde de quase 1,2 milhão de mulheres, com idade média de 25 anos no nascimento do primeiro filho, com o objetivo de compreender melhor a relação entre o aleitamento materno e o risco cardiovascular individual da mãe.

Confira:

Entre as informações coletadas estavam quanto tempo as mulheres amamentaram durante a vida, o número de filhos, a idade que tinham no primeiro nascimento e se elas tiveram ou não um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC) depois de se tornarem mães. 

Os principais achados foram:

  • 82% das mulheres relataram ter amamentado em algum momento da vida;
  • Em comparação com mulheres que nunca amamentaram, aquelas que praticaram o aleitamento materno durante a vida tiveram um risco 11% menor de desenvolver doenças cardiovasculares;
  • Em um período médio de acompanhamento de 10 anos, as mulheres que amamentaram em algum momento da vida tiveram 14% menos chances de desenvolver doença cardíaca coronariana, 12% menos risco de sofrer derrames e 17% menos propensas a morrer de doenças cardiovasculares;
  • Mulheres que amamentaram por 12 meses ou mais durante a vida pareciam ter menos chances de desenvolver doenças cardiovasculares do que mulheres que não amamentavam;
  • Não houve diferenças notáveis no risco de doenças cardiovasculares entre mulheres de diferentes idades ou de acordo com o número de gestações.

É necessário incentivar a amamentação

A revisão revela ainda que, apesar da recomendação das autoridades de que os bebês sejam amamentados de forma exclusiva por, pelo menos, seis meses, apenas uma em cada quatro crianças recebe apenas o leite materno nos primeiros meses de vida.

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Para os pesquisadores, é importante que as mulheres estejam cientes dos benefícios do aleitamento materno, sendo encorajadas a amamentar sabendo que estão melhorando a saúde de seus filhos e a própria.  

Além disso, os achados do estudo destacam a necessidade de incentivar e apoiar o aleitamento materno, oferecendo ambientes de trabalho amigáveis à amamentação, informações sobre os benefícios e programas de apoio para as famílias antes e depois do parto.

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