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Ansiedade durante a gravidez pode levar a parto prematuro, diz estudo

A ansiedade pode se manifestar de diferentes maneiras e afetar a qualidade de vida - iStock
A ansiedade pode se manifestar de diferentes maneiras e afetar a qualidade de vida - iStock

Redação Publicado em 26/09/2022, às 15h00

Mulheres que experimentam sintomas de ansiedade durante a gestação têm mais risco de darem à luz prematuramente. É o que sugere uma pesquisa publicada na revista Health Psychology pela American Psychological Association.

O estudo, que analisou a relação entre a duração da gravidez e diferentes graus de ansiedade, pode ajudar os médicos a prevenirem um parto prematuro. Atualmente, muitos dos sintomas depressivos são avaliados para evitar complicações da depressão pós-parto para mães e bebês e, segundo os autores, a ansiedade também deve ser avaliada.

Pesquisas anteriores

Pesquisas anteriores descobriram que até 25% das gestantes têm sintomas de ansiedade clinicamente elevados e que estes podem ser um fator de risco para o nascimento prematuro ou nascimento antes das 37 semanas. 

No entanto, esses estudos têm utilizado uma variedade de medidas de ansiedade e olhado tanto para a ansiedade geral quanto para a específica da gravidez, que inclui preocupações com o parto, com a maternidade em si e com a saúde do bebê. Por isso, para ter um resultado mais detalhado, os pesquisadores avaliaram a ansiedade em diferentes fases da gestação em amostras de 196 grávidas.

Primeiro e segundo trimestre

A equipe administrou quatro escalas de ansiedade distintas, tanto no primeiro quanto no terceiro trimestre da gestação. Uma das principais descobertas foi que a ansiedade relacionada à gravidez no terceiro trimestre foi mais fortemente associada ao parto prematuro.

Entretanto, a ansiedade geral no primeiro trimestre também contribuiu para o risco de nascimento precoce. De acordo com os pesquisadores, uma possível explicação para esse fenômeno seria que a ansiedade geral no início pode predispor as mulheres a ficarem ansiosas mais tarde na gravidez sobre questões como: riscos médicos, sobre o bebê, sobre o parto e sobre a própria maternidade.

Confira:

Os autores explicaram que, embora nem todas as mulheres que começam a gravidez com sintomas de ansiedade experimentam a condição específica relacionada à gestação mais tarde, os resultados sugerem que aquelas que seguem essa progressão estão especialmente em risco para o parto prematuro.

Por isso, os pesquisadores acreditam que as descobertas alertam sobre a importância das grávidas serem examinadas para ansiedade geral logo no início da gestação e, caso elas pontuem alto, devem ser monitoradas para aumentos dos sintomas da condição e para um possível parto precoce.

Tratamentos para ansiedade durante a gravidez

Existem muitos tratamentos que podem reduzir a ansiedade durante a gravidez. Para muitas pessoas, o ansiolítico não é uma opção durante a gravidez, pois há poucas informações sobre a segurança deste medicamento durante o período. Algumas mulheres que já haviam tomado medicamentos para ansiedade podem desejar interrompê-los durante a gravidez por motivos pessoais.

Por isso, outras saídas podem ser terapias, como terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ela se concentra em desafiar pensamentos, emoções e ações não adaptativas e usa estratégias de controle da ansiedade, como a respiração diafragmática (adaptada à gravidez).

Além da terapia, outras saídas, como praticar atividades físicas regularmente (com acompanhamento de um profissional) e manter uma rotina estável, com horários para dormir e comer, por exemplo, também podem ajudar.

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