A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) atinge aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo, segundo um estudo publicado pela revista científica The Lancet. Ela está ligada a um maior risco de hipertensão arterial, ataques cardíacos, derrame, diabetes e outras condições crônicas.
A Apneia Obstrutiva do Sono é definida como um distúrbio respiratório que acontece exclusivamente enquanto a pessoa dorme. Nas fases mais profundas do sono, o ar fica preso nos pulmões, deixando a pessoa em apneia (sem ar) por períodos variáveis. Em conjunto com as apneias, o ronco é extremamente comum. Esses episódios de apneia se repetem inúmeras vezes ao longo da noite e levam a pessoa a despertar muito rapidamente.
Quando não dormimos o suficiente, o dia seguinte tende a ser marcado por lentidão, sonolência, dificuldade de concentração, irritabilidade e menos autocontrole com relação à quantidade e à qualidade de alimentos ingeridos.
Segundo o médico Conrado Borges, pessoas com Apneia Obstrutiva do Sono começam a ter dificuldades cognitivas frequentes, têm maior risco de sofrer acidentes de trânsito e estão mais sujeitas à depressão e à ansiedade.
Além disso, indivíduos com a condição podem ganhar mais peso, ter pressão e colesterol mais altos, bem como risco mais elevado de doenças graves, como infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A AOS é causada por uma combinação de elementos. Os dois mais importantes são a idade e o peso. Idades mais avançadas estão associadas a uma maior incidência da condição, assim como sobrepeso e obesidade. Essas situações diminuem o espaço para a saída de ar, especialmente na região do pescoço e da orofaringe. O peso é o fator modificável mais importante de todos. Existem outros fatores de risco, como a anatomia da orofaringe e do nariz, o diâmetro do pescoço, o tamanho da mandíbula e a conformação da arcada dentária.
Confira:
Segundo um artigo da Healthline, existem alguns sinais que podem indicar a presença da apneia obstrutiva do sono. Veja só:
Médicos de diversas especialidades, como neurologistas, otorrinolaringologistas e pneumologistas estão aptos a fazer o diagnóstico e indicar o tratamento mais apropriado. Uma consulta inicial é imprescindível para que o diagnóstico seja feito corretamente.
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Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez