Redação Publicado em 04/05/2021, às 09h55
Por conta da pandemia, muita gente teve que aprender a criar uma nova vida social através da internet. De reuniões de trabalho a festas de aniversário, a grande maioria dos encontros, por muito tempo, foi feita através de videochamadas.
Mas pesquisadores da Universidade do Estado do Michigan descobriram que, embora as redes sociais possam tornar mais fácil para as pessoas se envolverem online, elas não fornecem certos benefícios das interações humanas na vida real.
"O uso problemático da mídia social tem sido associado à depressão, ansiedade e isolamento social, e ter um bom sistema de apoio ajuda a evitar que as pessoas tenham problemas de saúde mental", disse Dar Meshi, professor assistente do Departamento de Publicidade e Relações Públicas da Universidade. "Queríamos comparar as diferenças entre o suporte na vida real e o suporte fornecido nas redes sociais para ver se o fornecido nas redes poderia ter efeitos benéficos."
O resultado foi que mesmo não tendo impactado negativamente a saúde mental, o suporte via mídias sociais também não teve efeitos positivos.
"Apenas o apoio social na vida real foi vinculado a uma melhor saúde mental geral", disse Meshi. "As interações típicas nas redes sociais são limitadas. Teorizamos que elas não permitem uma conexão mais substancial, que pode ser necessária para fornecer o tipo de suporte que protege contra a saúde mental negativa."
Para chegar a essa conclusão, foram analisados 403 estudantes universitários para identificar o quão problemático era o uso de mídia social e seu grau de apoio social na vida real e nas redes sociais.
Por fim, os pesquisadores também observaram que quanto mais excessivo é o uso das mídias sociais, menos apoio social essa pessoa obtém na vida real, o que leva a problemas de saúde mental.
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