Redação Publicado em 16/05/2022, às 18h00
Provavelmente, quando a maioria das pessoas pensa em doenças cardiovasculares, os principais fatores de risco que vêm à mente são pressão alta, colesterol elevado, obesidade e diabetes.
Entretanto, estudos clínicos apontam que outra condição comum pode estar associada a maiores chances de problemas cardíacos: a asma alérgica. Um artigo publicado na Nature Cardiovascular Research mostra como a condição e outras alergias associadas podem ser fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Além disso, os achados revelam ainda que medicamentos receitados para tratar a asma também podem influenciar no risco de desenvolvimento dessas condições.
Segundo os pesquisadores, muitas pessoas pensam na asma apenas como uma doença que afeta os pulmões, mas há uma ligação importante entre ela e condições cardiovasculares.
Os ensaios clínicos analisados demonstram conexão entre a asma e doenças cardíacas coronárias, doenças aórticas, doenças arteriais periféricas, derrame, insuficiência cardíaca e outras complicações cardíacas.
A análise destacou também a possível relação entre doenças cardiovasculares e outros quadros alérgicos relacionados:rinite alérgica (alergias desencadeadas por pólen e outros fatores ambientais), dermatite atópica e alergias graves a alimentos e a medicamentos. Ou seja, reações alérgicas para além da asma podem funcionar como fatores de risco significativos.
Confira:
A equipe examinou resultados de modelos pré-clínicos e estudos baseados em laboratório. Eles apontam para tipos específicos de células inflamatórias que podem se acumular nos pulmões, no coração e na vasculatura, ajudando a orquestrar a asma e as doenças cardiovasculares.
Tanto estudos clínicos quanto pré-clínicos apontaram mecanismos compartilhados em ambos os quadros. Assim, os autores analisaram como medicamentos para asma que atuam em alguns desses mecanismos podem influenciar e descobriram que:
Para os pesquisadores, todas as descobertas são de extrema importância para analisar o quadro geral de um paciente e pensar melhor sobre as implicações para cuidado e tratamento mais eficazes.
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