A vida moderna é repleta de facilidades e muitas delas podem prejudicar a saúde lentamente. Comida congelada, excesso de açúcar, frituras, consumo exagerado de refrigerantes e bebidas alcoólicas. O sobrepeso e a obesidade são comuns em todo o mundo e mais de 60% da população adulta tem sobrepeso ou é obesa.
É notório que a prática de atividade física é importante em todas as fases da vida e nunca é tarde para começar. Cerca de 30% dos adultos em todo o mundo não seguem a recomendação da OMS de fazer 150 minutos de atividade moderada, ou seja, 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. Mudar o cardápio é fundamental para que a mudança seja real. A reeducação alimentar e a atividade física fazem toda a diferença para ter um novo estilo de vida.
Não há dúvidas de que o câncer é um enorme desafio à saúde pública e que exige foco em ações emergenciais de prevenção e controle. Os constantes avanços na medicina permitem a possibilidade de tratamentos extremamente eficazes, que envolvem desde a remoção do tumor até o uso de drogas de quimioterapia ou radiação com o objetivo de liquidar as células cancerígenas. Infelizmente, a ação desses tipos de tratamento também afeta as células saudáveis, provocando efeitos secundários relevantes, que vão desde a perda de cabelo à diminuição da imunidade até efeitos que repercutem diretamente na nossa capacidade de viver com qualidade.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, de 72% a 95% dos pacientes com que recebem tratamento apresentam aumento nos níveis de fadiga, resultando em diminuição significativa da capacidade funcional e perda da qualidade de vida e produção diária. Apresentarem também dificuldades na respiração, na digestão dos alimentos e até mesmo na vida sexual, entre outros inúmeros transtornos.
A prática regular de exercício físico de forma estruturada e com a devida orientação pode reverter esse quadro, seja na melhoria da qualidade de vida do paciente ou na tolerância aos diversos tratamentos. Há evidências de que a atividade física pode ser benéfica em três formas de gerir o câncer e seus sintomas:
1. Combinado a práticas de estilo de vida saudável, o exercício físico parece prevenir certos tipos de cânceres – os casos da doença ocorrem com menor frequência em pessoas fisicamente ativas.
2. Para quem já está sob tratamento, o exercício beneficia a função física e alivia a fadiga, as náuseas e a depressão. A prática regular de exercício físico ajuda no controle de hormônios que estimulam a propagação das células cancerígenas.
3. O exercício permite que as pessoas recuperem suas funções físicas e retornem a um estilo de vida mais saudável e ativo.
Do ponto de vista científico, embora a relação entre atividade física e câncer não esteja definitivamente esclarecida, as informações disponíveis são extremamente contundentes e nos permitem afirmar que todas as pessoas diagnosticadas com alguns tipos de câncer devem investir na prática regular de exercícios com a mesma energia e dedicação com que enfrentam cirurgias e demais formas de tratamentos.
Os benefícios são relacionados aos seguintes fatores:
Eduardo Netto
Profissional de Educação Física formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em Ciência da Motricidade e pós-graduado em Fisiologia do Exercício. Eduardo Netto é referência no mercado fitness, está na área há 36 anos e é o precursor da aula de localizada no Brasil. Atualmente, é sócio e diretor técnico da rede Bodytech. Instagram: @nettodudu
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Site Doutor Jairo