Estudo mostra que a procura por entretenimento nas telas resultou em mais ansiedade e depressão
Redação Publicado em 21/06/2021, às 09h44
Durante a pandemia, principalmente por conta da quarentena, a saída que muitas pessoas encontraram para relaxar e se distrair foram as redes sociais ou os streamings. Depois de um dia estressante no trabalho, parece uma boa ideia assistir a uma série ou passar horas atualizando o feed. Contudo, segundo especialistas, o maior tempo de tela acabou impactando a saúde mental das pessoas.
A pesquisa, conduzida por pesquisadores da Escola de Medicina Saint James, em Saint Vincent, mostrou que o aumento do tempo gasto assistindo a entretenimento em uma tela antes e durante a pandemia foi associado a um aumento na ansiedade.
"Este estudo destaca que a pandemia não afetou simplesmente as pessoas fisicamente, mas emocional e mentalmente, com vários grupos sendo afetados em maior grau do que outros", disse Michelle Wiciak, autora da pesquisa, que reitera a necessidade crescente de suporte de saúde mental após desastres.
Cerca de 70% dos participantes relataram sintomas depressivos em diferentes graus (sendo a maioria de leve a moderado), e 70% apresentaram sintomas de ansiedade de leve a grave, dos quais 30% preenchiam os critérios de diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático. Duzentos e noventa e quatro respostas foram coletadas e validadas com base nos critérios de inclusão / exclusão utilizados nas pesquisas. Os participantes variaram de 18 a 28 anos.
Confira:
O uso do tempo de tela não diferiu entre os gêneros. Ainda assim, houve diferenças de gênero nas pontuações médias em depressão, ansiedade e angústia do Covid-19.
O estudo é um dos únicos a ter avaliado o estado de saúde mental em função do tempo de tela, de acordo com Wiciak. Os autores também coletaram dados de vários países. "Desde que a pandemia mudou o trabalho e a educação para o on-line, queríamos obter mais informações sobre o impacto dessa transição. Encontramos resultados inesperados, potencialmente abrindo caminho para pesquisas futuras e vários fatores de proteção, que podem ser vitais para manter uma pessoa saudável durante tempos tumultuosos", acrescentou Wiciak.
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