AVC: 4 sinais para identificar e agir rápido

No Dia Mundial do AVC, conheça a técnica “SAMU”, desenvolvida para ajudar no reconhecimento dos sintomas

Milena Alvarez Publicado em 29/10/2022, às 10h00

A doença é uma das principais causas de incapacidade no mundo - iStock

Anualmente, 29 de outubro é marcado pelo "Dia Mundial do AVC" (World Stroke Day, em inglês), uma data dedicada a conscientizar sobre fatores de risco e formas de prevenção e de combate à doença.

Um levantamento realizado em fevereiro pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) revelou que, a cada hora, 11 brasileiros morrem em virtude de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A condição ocupa o segundo lugar no ranking de enfermidades que mais causam óbitos no país, ficando atrás apenas de mortes causadas por doenças cardiovasculares

Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC – também popularmente conhecido como derrame – afetará uma em cada quatro pessoas ao longo da vida, sendo considerada uma das principais causas de incapacidade no mundo, podendo causar dificuldade para se locomover, falar, paralisia em um dos lados do corpo e perda de funções neurológicas. Aproximadamente 70% dos pacientes ficam com sequelas e 50% tornam-se dependentes.  

O que é um AVC?

O AVC é uma doença provocada pela interrupção do fluxo sanguíneo nos vasos do sistema nervoso central – subtipo conhecido como AVC isquêmico – ou pelo vazamento de sangue desses mesmos vasos (AVC hemorrágico). 

Entre os principais sinais de alerta para a doença estão a perda súbita da força, formigamento de um lado do corpo (rosto e/ou membros), dificuldade para falar ou compreender a fala, perda súbita da visão de um ou ambos os olhos, perda do equilíbrio e/ou da coordenação, tontura e dores de cabeça intensas sem causas aparentes.  

O principal ponto do AVC é que ele precisa de um atendimento rápido. A cada minuto, dois milhões de neurônios morrem e as chances de sequelas graves e, até mesmo, de sobrevida, diminuem drasticamente. Por isso, é essencial procurar ajuda de um centro especializado assim que os sintomas começarem. 

Confira:

Fatores de risco

Para evitar um AVC, também é importante prestar atenção aos principais fatores de risco, que podem ser divididos em duas categorias: não modificáveis e tratáveis.

No primeiro caso se encaixa a idade, já que, conforme ela aumenta, são maiores as chances. Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, a prevalência tende a aumentar após os 55 anos.

Em relação aos fatores de risco tratáveis, é essencial realizar a prevenção e o cuidado com a pressão alta, a obesidade, o sedentarismo, as doenças do coração, o diabetes, o alcoolismo, o tabagismo e o colesterol elevado. 

"SAMU": 4 etapas para identificar um AVC

Para facilitar a identificação de um AVC, existe uma técnica que ajuda no reconhecimento dos sintomas. São quatro etapas que seguem a abreviação “SAMU”:  

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