Redação Publicado em 05/03/2022, às 14h00
Ansiedade de desempenho sexual e disfunção erétil são problemas comuns. Preocupações sobre as expectativas e questões pessoais estão entre os fatores que contribuem para o surgimento dos problemas. E esse estresse relativo ao sexo pode levar à ansiedade de desempenho. Isso, por sua vez, pode levar à disfunção erétil (DE), que é quando uma pessoa tem dificuldade em obter ou manter uma ereção. Alguns métodos simples de enfrentamento, porém, podem ajudar a lidar com a disfunção erétil quando se trata de ansiedade de desempenho.
A ansiedade de desempenho e a disfunção erétil podem estar ligadas de várias maneiras. O estresse e a ansiedade sobre o desempenho sexual podem causar disfunção sexual em qualquer pessoa, independentemente do sexo. Quando alguém não se sente capaz de atender às expectativas sexuais da outra pessoa, pode começar a se sentir incapaz.
Esses sentimentos de inadequação e de baixa autoestima podem levar a sintomas físicos, como a disfunção erétil. Pesquisadores listam os fatores psicológicos como uma das várias causas. Em outras palavras, o estado de espírito de uma pessoa pode afetar sua capacidade de se realizar sexualmente.
A ansiedade de desempenho geralmente resulta dos pensamentos negativos de uma pessoa sobre a sua capacidade de ter uma boa performance. Ela pode estar preocupada com a inadequação sexual ou com a incapacidade de agradar. Fatores que podem influenciar incluem:
Lidar com preocupações financeiras, problemas familiares ou estresse no trabalho também pode afetar o estado mental e contribuir para a ansiedade de desempenho.
Pode acontecer quando vários fatores contribuintes interagem, incluindo: equilíbrio hormonal, fatores neurológicos, circulação sanguínea, saúde mental e fatores psicológicos. Outras coisas que podem contribuir para a disfunção erétil incluem:
Alguns medicamentos também podem causar disfunção erétil, especialmente aqueles que interrompem ou alteram os hormônios, os nervos ou a pressão sanguínea. Entre eles:
Um médico ou farmacêutico pode ajudar a identificar possíveis efeitos colaterais antes de uma pessoa iniciar um novo medicamento.
Especialistas veem ligações entre disfunção erétil, ansiedade, depressão, estresse, baixa autoconfiança, baixa autoestima, dificuldades de relacionamento e problemas de sono. Isso tanto pode desencadear ansiedade de desempenho quanto pode resultar dela.
Se uma pessoa tem uma ereção ao acordar pela manhã, mas não durante a atividade sexual, pode haver uma causa emocional ou psicológica. O tratamento psicológico e o aconselhamento, como a terapia cognitivo-comportamental, podem ajudar.
A ansiedade de desempenho afeta de maneiras diferentes, pois nem todos respondem ao estresse e à ansiedade do mesmo modo. Além da disfunção erétil, a ansiedade de desempenho pode levar à ejaculação precoce, à incapacidade de orgasmo e à falta de interesse em sexo.
A pesquisa também sugere que as pessoas heterossexuais que experimentam ansiedade de desempenho podem ser mais propensas a buscarem experiências sexuais fora de um relacionamento estável. Os sintomas físicos da disfunção erétil incluem dificuldade em obter ou manter uma ereção. Também pode levar à perda do desejo sexual.
Várias dicas podem ajudar com a ansiedade de desempenho e com a disfunção erétil:
A maioria das pessoas tem uma experiência sexual decepcionante de vez em quando. A disfunção erétil ocasional geralmente não é motivo de preocupação. No entanto, se a decepção levar ao medo e à ansiedade, e esses sentimentos persistirem, eles podem dificultar a atividade sexual futura. É essencial reconhecer que a incapacidade de realizar de vez em quando não significa que uma pessoa é incapaz de fazer sexo.
Pode significar que essas pessoas estavam sob estresse ou enfrentando ansiedade naquele momento. Já quando o estresse não estiver presente, poderão desfrutar do sexo como antes. Mudar o foco para a causa, em vez dos sintomas, pode ajudar uma pessoa a reduzir a pressão que ela coloca sobre si mesma para ter um bom desempenho sempre, especialmente durante períodos de estresse aumentado.
Uma pessoa com ansiedade de desempenho pode reviver mentalmente suas falhas sexuais e se preocupar continuamente com o que seu parceiro sexual está pensando. Algo que pode ajudar é concentrar a mente nos sentidos em vez de pensar demais ou analisar o evento. Concentrar-se no que as mãos estão sentindo ou no que os olhos estão vendo pode ajudar a bloquear pensamentos ansiosos sobre o desempenho. Velas perfumadas ou música também podem ajudar.
Uma pesquisa observou uma ligação entre fazer pouco ou nenhum exercício físico e experimentar sintomas de disfunção erétil. Completar uma rotina simples de exercícios de 20 a 30 minutos algumas vezes por semana pode aumentar o bem-estar geral e reduzir os níveis de estresse.
Outras técnicas podem ajudar a tratar a ansiedade de desempenho e a disfunção erétil, como: meditações guiadas, aconselhamento de casais, terapia sexual, educação sexual e práticas de alívio do estresse, como mindfulness e yoga. Ter abertura com parceiros sexuais sobre seus sentimentos de ansiedade de desempenho também é boa opção.
Se os sintomas não melhorarem com o estilo de vida e com as técnicas de relaxamento, ou se piorarem com o tempo, um tratamento médico pode ajudar. O médico pode perguntar sobre os sintomas, fazer um exame físico, realizar exames de sangue para ajudar a identificar causas físicas, fazer perguntas sobre saúde mental e níveis de estresse. Um profissional de saúde pode ajudar a encontrar uma terapia ou um tratamento que alivie seus sintomas e que incentive experiências sexuais positivas.
Existem várias maneiras de tratar a ansiedade de desempenho e a disfunção erétil. Um médico irá prescrever um plano de tratamento após identificar a causa do problema. Diretrizes da Associação Americana de Urologia recomendam uma abordagem integrada para disfunção erétil e distúrbios da ejaculação que leve em consideração a saúde mental, a situação social e o bem-estar físico.
Essa abordagem pode incluir: aconselhamento, psicoterapia, medicamento, tratamento para doenças específicas, como hiperplasia prostática benigna, medidas de estilo de vida, como uma dieta e plano de exercícios. A Associação Americana de Urologia recomenda que os parceiros também discutam as opções de tratamento e seus riscos e benefícios com o médico, pois isso pode aumentar a chance de um resultado positivo.
O psiquiatra Jairo Bouer afirma que se o homem é jovem, saudável e tem problemas com ereção, provavelmente isso está ocorrendo por questões emocionais.
Ele talvez esteja ansioso e tenso, desenvolvendo a chamada 'ansiedade de performance ou de desempenho', que cria um ciclo vicioso: quanto mais ansioso, mais difícil é de ter uma ereção. Para resolver, o ideal é avaliar a situação, conversar com a parceira ou parceiro e procurar ajuda especializada".
Jairo também lembra que todo homem, em algum momento da vida, está sujeito a brochar. Se for uma situação eventual, a melhor coisa a se fazer é não dar muito peso para a situação e entender que isso pode acontecer. Quanto mais importância se dá, mais ansiedade é criada e, como consequência, maiores são os riscos de ocorrer novamente.
Porém, caso as falhas de ereção aconteçam com frequência, é preciso ter atenção para entender o que está acontecendo. Com homens mais velhos, por exemplo, pode ser que haja alguma questão de saúde, como hipertensão, tabagismo, problemas circulatórios e obesidade.
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