Além da perda de peso e da qualidade de vida, a atividade física também pode trazer benefícios para a saúde cerebral
Milena Alvarez Publicado em 28/11/2022, às 14h00
Quando falamos em praticar atividade física, logo pensamos em benefícios como perder peso, ganhar massa muscular, ter mais disposição ou ficar com a famosa "barriga chapada". Porém, além de tudo isso, manter-se em movimento pode beneficiar outra questão essencial para o bem-estar: o cérebro.
Conheça algumas maneiras como o exercício físico pode ajudar e melhorar as funções cerebrais:
O iAPF (parte do teste de EEG ou eletroencefalograma) mede sua capacidade de se concentrar e de prestar atenção. Ele parece subir depois da prática de alguns exercícios intensos. Não muda muito depois de exercícios de “estado estacionário”, como uma corrida tranquila ou um passeio de bicicleta.
Exercícios aeróbicos, como caminhar, correr ou nadar podem ajudar o hipocampo do cérebro – a parte que está ligada à memória e ao aprendizado – a crescer. Também podem retardar o encolhimento do hipocampo, o que pode levar à perda de memória à medida que você envelhece.
O exercício aeróbico alivia tão bem os sintomas de depressão e de ansiedade que seu médico ou terapeuta podem sugeri-lo como tratamento. Pode ser porque o exercício retarda o dano e a degradação das células cerebrais. Pode levar muitos meses para obter todos os benefícios, então crie o hábito de ser ativo.
Neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de mudar quando você aprende e experimenta coisas novas. Os cérebros mais jovens geralmente são melhores do que os mais velhos para fazer isso, mas mesmo aqueles da mesma idade podem ter capacidades muito diferentes. Os cientistas acreditam que tanto os exercícios aeróbicos quanto o treinamento com pesos parecem ajudar a tornar os cérebros mais flexíveis ou “plásticos”.
Confira:
Pessoas que não se exercitam muito têm maior probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Isso ocorre em parte porque os exercícios ajudam a prevenir muitas das coisas que estão relacionadas à demência, como: obesidade, diabetes, pressão alta e depressão. Mas o exercício também tem um efeito direto. Os cientistas podem realmente ver isso. Mais massa branca e cinza do cérebro e menos tecido doente são todos sinais de uma melhor saúde do cérebro.
O exercício aeróbico ajuda o sangue a chegar ao cérebro. Em parte, é porque o exercício fortalece o coração e os vasos sanguíneos, desde os vasos maiores que levam o sangue até a cabeça até os minúsculos microvasos. Os vasos sanguíneos fortes – e o melhor fluxo sanguíneo que eles criam – parecem ajudar a impedir o acúmulo de placas relacionadas à demência. Os cientistas também acreditam que um forte fluxo sanguíneo ajuda a nutrir o cérebro de uma forma que retarda o declínio mental. Os cientistas continuam tentando descobrir exatamente como isso funciona.
Pesquisas sugerem que o exercício melhora a capacidade de organizar e interpretar informações e agir de uma forma que faça sentido – a “função executiva”. Apenas uma sessão de exercício pode iniciar o processo. Em longo prazo, o exercício parece mudar a estrutura da substância branca do cérebro de uma forma que ajuda as células cerebrais a se conectarem.
Sabemos que os exercícios podem ajudar a manter o humor, a relaxar na hora de dormir e a estabelecer um ciclo saudável de sono-vigília (ritmo circadiano). Os efeitos cerebrais exatos nem sempre são claros, mas as pessoas que se exercitam mais tendem a ter um sono de “ondas lentas” – o tipo profundo que ajuda a revitalizar o cérebro e o corpo.
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