Não é incomum encontrar pessoas que passam horas e mais horas conectadas a computadores e a celulares dedicadas a jogos eletrônicos. Mas quando isso pode se tornar um problema de saúde?
“Gaming disorder”, ou transtorno dos jogos eletrônicos, é definido como um padrão de dependência que afeta pessoas que ficam muito tempo on-line, jogando.
Em 2022, a condição passou a ser classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma nova categoria de diagnóstico na 11ª edição do documento International Classification of Diseases – conhecido em português como Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde ou pela sigla CID11.
O transtorno de jogos eletrônicos é um fenômeno cada vez mais comum, principalmente entre os mais jovens. Para fechar esse diagnóstico, o indivíduo precisa ter o problema por pelo menos 12 meses, num padrão que interfira em outras áreas da vida, como em qualquer outra dependência: prejuízos no trabalho, na escola, na alimentação, no sono, nas relações sociais e afetivas e na qualidade de vida. Ou seja, a pessoa deixa de fazer outras coisas por causa do jogo.
Quando não joga, a pessoa pode apresentar alteração de comportamento devido à abstinência, podendo sentir-se mal, ansiosa, tensa, mal humorada e agressiva, por exemplo.
São esses sinais que indicam um quadro de dependência, de exagero e de descontrole do impulso, que resulta em uma pessoa jogando mais do que deveria. Nesses casos específicos, o indivíduo pode precisar de acompanhamento, de avaliação médica e, até mesmo, de tratamento.
Veja também:
Tatiana Pronin
Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY. Twitter: @tatianapronin