HIV é a sigla para vírus da imunodeficiência humana
Redação Publicado em 27/04/2021, às 20h32
A síndrome da imunodeficiência adquirida – mais conhecida pela sigla em inglês Aids – é uma doença infectocontagiosa transmitida pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana).
Por atacar o sistema imunológico e deixar o corpo vulnerável a uma série de doenças, receber um diagnóstico de Aids foi, por muito tempo, encarado como sentença de morte. Com todos os avanços da medicina, hoje é possível evitar a doença e conviver com o vírus da mesma forma que se trata qualquer condição crônica. É preciso seguir o tratamento corretamente e tomar uma série de cuidados, mas o HIV não impede ninguém de ter uma vida longa e plena.
A evolução do tratamento antirretroviral, porém, não diminuiu a importância das medidas para se evitar a transmissão do vírus. E ainda há muitas dúvidas em relação ao assunto. Por isso reunimos alguns fatos que podem ajudar você a entender melhor o HIV e a Aids:
1. HIV e Aids não são sinônimos
O HIV é o vírus causador da Aids; ele ataca células específicas do sistema imunológico que têm como função proteger o corpo humano de doenças. Diferente de outros vírus, como o da gripe, o organismo não é capaz de combatê-lo.
Aids, por sua vez, é o nome dado à doença provocada pelo HIV. Em um estágio avançado da infecção pelo vírus, o indivíduo pode apresentar diferentes sintomas, infecções oportunistas – como pneumonias e infecções provocadas por fungos e protozoários – e alguns tipos de câncer. Por essa e outras razões o tratamento antirretroviral é tão importante: sem ele, o HIV usa as células de defesa para replicar outros vírus e as destrói, fazendo com que o corpo seja incapaz de combater outras doenças e infecções.
Vale lembrar que ter o HIV não significa que a pessoa desenvolverá Aids, porém, uma vez infectada, o vírus permanece no organismo, ainda que o tratamento seja capaz de mantê-lo indetectável.
2. É preciso ter contato com a corrente saguínea
Para o vírus do HIV ser adquirido, ele precisa entrar na circulação sanguínea. Portanto, se não existe nenhum tipo de ferida na pele, o simples contato com sangue ou outros fluidos contaminados não é suficiente para contrair o vírus.
Na prática, as principais situações de risco para transmissão do HIV são:
- Relação sexual desprotegida com alguém infectado
- Receber transfusão sanguínea de sangue contaminado (o que é evitado com exames das coletas)
- Acidentes com agulhas infectadas
- Compartilhamento de agulhas para administração de drogas intravenosas
- Transmissão da mãe para o feto na gravidez, parto ou amamentação, quando não são realizadas as medidas de prevenção
3. Risco de transmissão pelo sexo oral existe, mas é baixo
A principal via de transmissão do HIV é a relação sexual com penetração. Isso porque, na hora do sexo, é comum haver microtraumas nas mucosas dos órgãos sexuais e isso facilita a entrada do vírus presente nos fluidos e secreções.
Em tese, o sexo oral também pode abrir as portas para a transmissão do HIV, principalmente se a pessoa apresentar lesões na boca como gengivites, aftas ou qualquer outro tipo de ferida. O risco é bem baixo - estima-se que seja de apenas 0,005% - mas, mesmo assim, ele existe. Sem contar outras infecções possíveis pelo sexo oral, como herpes, sífilis, gonorreia, HPV etc.
4. Mulheres também podem transmitir o HIV
Apesar de o risco de transmissão desse vírus da mulher para o homem ser inferior ao inverso (do homem para a mulher), ou, ainda, ao risco de transmissão entre homens, pessoas do sexo feminino podem sim transmitir o vírus do HIV para as do sexo masculino.
Dessa forma, um homem pode contrair o vírus ao ter relações desprotegidas com uma mulher que convive com o HIV e não tem sua carga viral indetectável.
No sexo entre mulheres, o risco de transmissão desse vírus é muito baixo, mas não é nulo, e também há outras infecções que podem ser transmitidas dessa forma, como HPV, herpes, sífilis e clamídia, entre outras.
5. Beijo de língua transmite HIV?
As chances disso acontecer são baixíssimas. Seria necessário que houvesse um sangramento visível. E se a pessoa estiver com uma afta na boca? Só há risco de transmissão através do beijo se a lesão estiver sangrando.
6. Quem tem carga viral indetectável ainda transmite o HIV?
Nesse caso, o risco de transmissão é praticamente nulo. Isso porque, quando uma pessoa com HIV realiza o tratamento corretamente, a quantidade de vírus no corpo (a carga viral) pode alcançar um nível tão baixo, que se torna indetectável.
Para que a redução da transmissão sexual do HIV seja efetiva, o indivíduo precisa ter uma adesão excelente à terapia antirretroviral, estar indetectável há pelo menos seis meses e monitorar a carga viral com regularidade.
É importante pontuar que, mesmo seguindo o tratamento à risca, o ideal é manter o uso de camisinha, que protege contra as demais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Portanto, mesmo com a redução a quase zero na quantidade de vírus no corpo, é fundamental manter as medidas de prevenção.
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