Elas não são armazenadas pelo nosso corpo como outros macronutrientes, e têm de vir da dieta
Redação Publicado em 19/01/2022, às 10h00
A proteína é uma parte essencial da dieta. Ajuda a construir, reparar e manter as estruturas do corpo. Alimentos derivados de vegetais e animais podem fornecer proteínas, mas existem algumas diferenças. A proteína existe em todo o corpo, desde os músculos e órgãos até os ossos, pele e cabelo. O corpo não armazena proteína como outros macronutrientes, então ela tem que vir da alimentação.
As proteínas são formadas por aminoácidos. O corpo de uma pessoa precisa de um equilíbrio de todos os 22 tipos de aminoácidos para funcionar corretamente. Porém, ele não pode produzir nove desses ácidos, chamados aminoácidos essenciais. Uma fonte completa de proteína refere-se a um tipo de alimento que contém todos esses nove.
Ter o equilíbrio certo de aminoácidos pode construir músculos e ajudar o corpo a se recuperar rapidamente da prática de exercícios. Compreender as diferenças entre proteínas vegetais e animais é importante para quem deseja garantir que a dieta seja saudável. Pesquisadores analisaram as diferenças entre proteínas animais e vegetais, e também os efeitos na saúde.
Uma das principais diferenças entre proteínas vegetais e animais envolve seus teores de aminoácidos, que são como blocos de construção. Ao digerir as proteínas dos alimentos, elas são decompostas em aminoácidos. Porém, o organismo demanda blocos diferentes em momentos distintos. Assim, muitas pessoas acreditam que a dieta deva incluir fontes completas de proteínas, que contenham todos os nove aminoácidos essenciais.
Alguns produtos de origem animal são fontes completas de proteína:
A maioria das proteínas vegetais é incompleta, o que significa que falta pelo menos um dos aminoácidos essenciais. No entanto, alguns alimentos à base de plantas, como quinoa e trigo sarraceno, são fontes completas de proteína. É importante que vegetarianos e veganos misturem suas fontes de proteína e garantam que estejam recebendo todos os aminoácidos essenciais. Além disso, lembre-se de que algumas fontes de proteína vegetal podem levar mais tempo para serem digeridas e utilizadas.
Exemplos de alimentos à base de plantas ricos em proteínas:
Muito outros alimentos, como castanhas, grãos e vegetais também contêm grandes quantidades de proteína.
Ao escolher entre fontes vegetais e animais de proteína, é importante levar em consideração os outros nutrientes que os alimentos fornecem. Aqueles ricos em proteínas podem ter perfis nutricionais muito variados. Certas fontes de proteína animal podem conter altos níveis de ferro heme e vitamina B-12, enquanto alguns alimentos à base de vegetais não possuem esses nutrientes.
Por outro lado, nutrientes específicos de vegetais, chamados fitonutrientes, e alguns antioxidantes estão ausentes das fontes de proteína animal. Os produtos de origem animal contêm gordura saturada e níveis mais elevados de colesterol do que as fontes de proteína vegetal, por isso seu excesso deve ser evitado.
Muitos costumavam acreditar que o colesterol dietético estava associado a doenças cardiovasculares. Embora evidências recentes sugiram que não há ligação significativa, o Instituto de Medicina dos Estados Unidos ainda recomenda limitar o colesterol dietético. A fibra é outro fator importante. Apenas alimentos à base de plantas contêm fibras, o que ajuda a manter o sistema digestivo equilibrado. Comer mais proteína vegetal também pode melhorar a saúde geral de uma pessoa.
Resultados de um meta-análise de 2016 sugeriram que comer mais proteína animal, especialmente aquela derivada de carne vermelha processada, pode aumentar o risco de morte por doenças cardiovasculares. No entanto, pesquisadores observaram que só encontraram a ligação entre proteína animal e doenças cardiovasculares em pessoas com pelo menos um fator de risco relacionado ao estilo de vida, como tabagismo, consumo excessivo de álcool ou excesso de peso ou obesidade. Resultados também indicaram que comer mais proteína vegetal pode ajudar a reduzir esse risco e outros. Em geral, a melhor maneira de cobrir as necessidades alimentares de uma pessoa é comer uma grande variedade de alimentos.
Atletas e outras pessoas que procuram aumentar a massa muscular e reduzir o tempo necessário para se recuperar do exercício geralmente prestam muita atenção à ingestão de proteínas, pois elas ajudam a reparar e construir os músculos após um treino rigoroso.
Muitos atletas recorrem à proteína de soro de leite para construir músculos. Esse tipo é mais fácil de ser decomposto e absorvido, o que pode dar ao soro uma vantagem sobre outras fontes, como carne, ovos e vegetais. Em relaçã o às fontes vegetais, um estudo sugere que o isolado de proteína de arroz pode oferecer benefícios semelhantes à proteína de soro de leite. Muitas pessoas recomendam consumir uma combinação de proteínas derivadas de plantas após um treino. Isso pode fornecer ao corpo uma variedade de aminoácidos.
Simplesmente obter proteína suficiente na dieta pode ser mais importante do que focar no tipo. Um estudo descobriu que a inclusão de níveis acima da média de proteína na dieta melhorou os sinais de saúde muscular, como massa magra e força no quadríceps. Ou seja, os pesquisadores notaram que a quantidade de proteína era mais importante do que o tipo. No entanto, algumas fontes de proteína podem ser melhores para a saúde geral. Por exemplo, peixes e carnes brancas tendem a conter menos gordura do que as carnes vermelhas.
Para muitas pessoas, a escolha entre proteínas animais e vegetais envolve uma série de considerações. Como foi dito, em vez de se concentrar em um único tipo de proteína, pode ser melhor se concentrar em comer uma grande variedade de alimentos. Isso pode ajudar a garantir que uma pessoa obtenha um equilíbrio saudável de aminoácidos e outros nutrientes vitais. Se você tem dúvidas específicas sobre suas necessidades individuais e fontes de proteína para consumir, converse com um nutricionista.
Fonte: Medical News Today
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