Quando contamos a alguém “estou doente” ou “estou cansado”, na verdade, não estamos dando muitas informações sobre. Quão doente? Quão cansado? Você tem um resfriado leve ou uma doença terminal? Você é um pai de primeira viagem que não dorme há meses ou acabou de curtir uma festa que atravessou noite adentro?
Ao falarmos de burnout, acontece a mesma coisa. Ele pode apresentar diferentes estágios, desde sua variedade mais comum de "mal posso esperar pelo happy hour", até um quadro de estresse crônico muito mais sério que impacta de forma significativa a qualidade de vida.
De acordo com especialistas, existe um modelo elaborado pelos psicólogos Herbert Freudenberger e Gail North com os 10 estágios da condição. Conheça as etapas:
Ambição excessiva: comportamento comum para pessoas que começam um novo emprego ou empreendem uma nova tarefa. Existe uma alta satisfação no trabalho, muita produtividade, energia, criatividade e tendência a aceitar prontamente a responsabilidade;
Começa a trabalhar mais: a ambição força o indivíduo a trabalhar mais;
Negligencia suas próprias necessidades: começa a sacrificar o autocuidado como dormir, se exercitar e comer bem;
Deslocamento de conflito: em vez de reconhecer que está se esforçando ao máximo, a pessoa culpa seu chefe, as exigências do seu trabalho ou colegas por seus problemas.
Sem tempo para coisas não relacionadas ao trabalho:começa a se afastar da família e de amigos. Convites sociais para festas, filmes e jantares parecem angustiantes em vez de agradáveis;
Negação:a impaciência com aqueles ao seu redor surge. Em vez de assumir a responsabilidade por seus comportamentos, o indivíduo culpa os outros, vendo-os como incompetentes, preguiçosos e arrogantes;
Mudanças comportamentais: aqueles que estão no caminho do burnout podem se tornar mais agressivos e criar atritos com os entes queridos sem motivo aparente;
Vazio interior ou ansiedade: sente-se um vazio ou ansiedade, podendo recorrer a determinados comportamentos para lidar com esses sentimentos, como uso de substâncias, jogo ou comer demais;
Depressão: a vida perde seu significado e o indivíduo começa a se sentir sem esperança;
Colapso mental ou físico: aqui é a síndrome de burnout em si. Isso significa que os sintomas estão tão incorporados na vida da pessoa que é provável que ela experimente um problema mental, físico ou emocional significativo em vez de situações ocasionais de estresse.
O termo “burnout” foi cunhado pelo psicólogo Herbert Freudenberger na década de 1970 para descrever uma condição de estresse que leva a uma exaustão física, mental e emocional severa. Ele tem origem na expressão em inglês, que significa “queimar até se reduzir a cinzas” e é utilizado para fazer referência ao estado de esgotamento provocado pelo trabalho.
A síndrome de burnout, como é conhecida, ocorre quando o estresse crônico do trabalho não é gerenciado com sucesso e possui três dimensões:
Redução do desempenho profissional: a pessoa se sente mal em relação às tarefas que realiza e a produtividade cai.
A condição pode ainda provocar alguns sintomas físicos,como insônia, dores de cabeça, palpitações e problemas gastrointestinais.
De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), o burnout afeta 30% dos trabalhadores brasileiros ou cerca de 30 milhões de pessoas. Entre os fatores de risco estão a pressão do tempo (policiais e bombeiros), a falta de comunicação e suporte pelo empregador, tratamento injusto e carga excessiva de trabalho.
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