Estudo avaliou efeitos da ingestão do equivalente a uma xícara da fruta em 12 semanas
Redação Publicado em 24/05/2022, às 11h15
Adicionar cranberries à sua dieta pode ajudar a melhorar a memória e a função cerebral, além de diminuir o colesterol “ruim”. É o que mostra uma pesquisa feita na Universidade East Anglia, no Reino Unido.
Essa pequena fruta de sabor azedo é típica do Hemisfério Norte, e pouca gente a conhece pelo nome em português – oxicoco.
O trabalho, coordenado pelo pesquisador David Vauzour analisou os benefícios de se consumir o equivalente a uma xícara de cranberries por dia num grupo de 60 pessoas de 50 a 80 anos de idade. Metade recebeu um pó da fruta liofilizada, enquanto a outra parte recebeu um placebo. O experimento durou 12 semanas e todos foram submetidos a exames e testes.
Estudos anteriores já tinham indicado que aumentar a ingestão de flavonoides, um tipo de antioxidante, está associado a taxas reduzidas de declínio cognitivo e demência. E que alimentos ricos em antocianinas e proantocianidinas, componentes responsáveis pela coloração vermelha e roxa, melhoram a cognição, ou seja, a capacidade de aprendizado e memória.
Os cranberries são ricos em todos os elementos acima, e por isso são reconhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A fruta também já foi associada à prevenção de infecções urinárias, embora as evidências sejam contraditórias.
Os resultados mostraram que os participantes do estudo que consumiram cranberries apresentaram melhora significativa na memória visual episódica, bem como na circulação de nutrientes essenciais, como oxigênio e glicose, para partes importantes do cérebro envolvidas na cognição.
Além disso, o grupo que recebeu o pó liofilizado de cranberry também exibiu uma diminuição significativa nos níveis de LDL, o colesterol “ruim”, associado ao acúmulo de placas nas artérias. Isso também pode ser útil para a saúde do cérebro.
Vaznour lembra que ainda não existe cura para a demência, por isso é importante identificar intervenções no estilo de vida que possam reduzir o risco e a carga dessa doença. Ele espera, portanto, que mais pesquisas sejam feitas para confirmar esse suposto efeito neuroprotetor do cranberry.
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