Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 foram divulgados, nesta quarta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os
Da Redação Publicado em 18/11/2020, às 19h05 - Atualizado às 19h06
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 foram divulgados, nesta quarta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados revelaram que 26,4% da população com 18 anos ou mais costumava consumir bebidas alcoólicas uma vez ou mais por semana, representando um aumento de 23,9% em relação a 2013.
O estudo, feito em 108 mil domicílios em parceria com o Ministério da Saúde, tem como objetivo investigar fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o consumo de álcool, sedentarismo, alimentação e tabagismo.
O hábito de consumir bebidas alcoólicas ao menos uma vez por semana era maior entre os homens (37,1%), quando comparado as mulheres (17%). No entanto, o número feminino também cresceu: 12,9% a mais estavam consumindo álcool pelo menos uma vez na semana.
O sedentarismo também apresentou dados alarmantes: 40,3% da população afirmou não praticar exercícios físicos o suficiente, que está estabelecido como cerca de 150 minutos por semana.
Olhando esse número mais de perto, 47,5% eram mulheres e 32,1% eram homens. No âmbito da idade, mais da metade dos idosos acima de 60 anos era insuficientemente ativa. O grupo menos sedentário foi entre 18 a 24 anos (32,8%), seguido dos de 25 a 39 anos (32,9%).
Estudos já indicaram que a prática de atividade física regular ajuda no tratamento e prevenção da depressão e ansiedade, ou seja, quem se exercita com uma certa frequência tem menos risco de desenvolver esses transtornos.
De acordo com o IBGE, a alimentação balanceada é imprescindível para a manutenção da saúde e bem-estar. Evidências seguem demonstrado a relação entre doenças crônicas e consumo de alimentos não saudáveis.
A PNS 2019 recomenda a ingestão de hortaliças ou frutas em 25 vezes por semana, com no mínimo de cinco frutas (inclusive suco de fruta natural) e cinco hortaliças. Os resultados mostraram que apenas 13% da população obtiveram esse consumo, sendo eles 15,4% mulheres e 10,2% homens.
O consumo de alimentos ultraprocessados alcançou a marca de 14,3%. Em áreas rurais, a porcentagem foi menor (7,4%) em relação aos residentes das áreas urbanas (15,4%).
O relatório também relatou que o tabagismo está em queda no Brasil. Em 2019, a incidência de usuários de produtos derivados de tabaco foi de 12,8%, cerca de 20,4 milhões de pessoas, contra 14,9% em 2013.
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