Quem corre tem um risco 30% menor do morte por qualquer causa e 45% menor de morte por doença cardiovascular
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h17 - Atualizado às 23h57
Os resultados mostram que é possível obter benefícios da atividade física mesmo que não se cumpra os 75 minutos por semana recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Pesquisadores estudaram mais de 55 mil adultos de 18 a 100 anos ao longo de 15 anos para avaliar a ligação entre corrida e longevidade. Ao longo do período, 3.413 participantes morreram, sendo 1.217 por doença cardiovascular.
Em comparação com não corredores, os que praticaram essa modalidade de exercício tiveram um risco 30% menor do morte por qualquer causa e 45% menor de morte por doença cardíaca ou acidente vascular cerebral (AVC). Os praticantes de corrida também viveram, em média, três anos a mais em comparação com os que não faziam o exercício.
O interessante é que os benefícios eram os mesmos independente do tempo, da duração e da intensidade da corrida. Segundo os pesquisadores, da Universidade do Estado de Iowa, nos EUA, quem corria menos de uma hora por semana apresentou a mesma vantagem, em termos de mortalidade, que aqueles que corriam mais de três horas por semana. Mesmo quem corria devagar e só uma ou duas vezes por semana se beneficiou.
Por outro lado, o estudo mostra que a manutenção do exercício é importante. Aqueles que praticaram corrida por um período médio de seis anos consecutivos apresentou um risco 50% menor de morrer por doença cardíaca ou derrame.
Para os autores, está na hora de promover a corrida com a mesma seriedade com que os programas de saúde pública incentivam o combate ao fumo e a obesidade.