Redação Publicado em 16/09/2021, às 10h00
Um novo estudo, realizado por espanhóis e publicado no Journal of Endocrinological Investigation recentemente, observou que pessoas que ingeriram suplementos de vitamina D apresentavam uma diminuição discreta no risco de se infeccionar pelo Sars-Cov-2, vírus da Covid-19.
O estudo foi realizado a partir de bancos de dados do sistema público de saúde da população das cidades de Barcelona e da Catalunha. Foram avaliados prontuários e registros de bancos de dados que abrangiam um total de 201.445 pacientes acima de 18 anos de idade que faziam tratamento com vitamina D.
Foram comparados os pacientes que apresentavam vitamina D acima de 30ng/mL com outros que tinham deficiência do nutriente e não faziam suplementação. Os pacientes suplementados tiveram menores chances de infecção por Sars-Cov-2, menores riscos de contrair a Covid-19 grave e também de mortalidade pela doença do que pacientes deficientes não suplementados.
Os autores alegaram que existem vários mecanismos fisiopatológicos que poderiam explicar os benefícios da vitamina D contra a Covid-19. A forma hormonal dela, o calcitriol, por exemplo, pode proteger contra infecções, além de aumentar a produção de peptídeos antimicrobianos LL-37 – alguns dos principais componentes da imunidade inata.
O médico ginecologista e consultor de saúde Odair Albano, que também é ex-secretário de saúde de Campinas (SP), ressalta que a suplementação deve ser indicada por um profissional da saúde, de acordo com as necessidades de cada pessoa.
Ele orienta, no entanto, que algumas medidas ajudam a aumentar os níveis de vitamina D no organismo, como, por exemplo exposição ao sol, diariamente, por pelo menos 15 minutos, ntre 10 h e 16 h.
Preferencialmente, sem protetor solar. É essencial para síntese na pele da vitamina D. Quando necessário, a suplementação ajuda na reposição nutricional”.
Albano, no entanto, frisa que a suplementação não substitui os protocolos já mais que conhecidos para lidar com a pandemia do novo coronavírus, como se vacinar (com as duas doses), manter o distanciamento físico, usar máscaras de proteção e manter as medidas sanitárias de higiene, como lavar as mãos com água e sabão ou, na impossibilidade disso, usar álcool em gel.
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