Depressão e ansiedade na gravidez elevam risco de filho ter asma, segundo estudo

Crianças cujas mães tiveram depressão e ansiedade durante a gravidez podem ter um risco maior de asma na infância, de acordo com um estudo feito na

Da Redação Publicado em 13/10/2020, às 14h58 - Atualizado às 15h02

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Crianças cujas mães tiveram depressão e ansiedade durante a gravidez podem ter um risco maior de asma na infância, de acordo com um estudo feito na Holanda.

O sofrimento psicológico ao longo da gestação foi associado a uma redução na função pulmonar das crianças quando elas tinham cerca de 10 anos de idade, de acordo com os pesquisadores, do Centro Médico Erasmus. Os dados foram publicados no periódico Thorax.

Crédito: Pixabay

Mais de 4 mil crianças

O trabalho contou com 4.231 crianças, sendo que 9% das respectivas mães e 4% dos pais relataram sofrimento psicológico. Mais de 200 crianças, ou 6% da amostra, tinham asma.

Não foram observadas associações entre sofrimento psicológico paterno e risco de asma em crianças, sugerindo que os mecanismos envolvidos no risco ocorram no útero.

Foram ajustados fatores que poderiam interferir no risco de asma, como dados demográficos, animais de estimação, frequência de ida a creches e amamentação.

Hormônios do estresse

Para a equipe, é possível que a produção excessiva de hormônios do estresse pela gestante tenha impacto no desenvolvimento fetal e contribua para problemas respiratórios no futuro.

Vale dizer que o estudo teve algumas limitações, como o fato de que o sofrimento psicológico ter sido medido apenas uma vez durante a gravidez, e a intensidade ter sido avaliada somente a partir dos relatos dos pais e mães.

Atenção às gestantes

Estudos anteriores já tinham ligado estresse materno a chiados no peito e asma em crianças com idade pré-escolar. Outro trabalho, publicado no início do ano no periódico Dermatitis, apontou uma conexão entre a depressão na gravidez e no pós-parto e a dermatite atópica, uma doença de pele que é frequente em crianças que também sofrem de asma, rinite ou conjuntivite alérgica.

Todos esses resultados reforçam a ideia de que é fundamental darmos mais atenção à saúde emocional das gestantes.

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