A esperança é um sentimento de que as coisas podem melhorar mesmo diante de adversidades
Redação Publicado em 10/01/2022, às 17h00
Como seres humanos vivendo em um mundo um tanto quanto caótico, nossas vidas estão saturadas pela possibilidade de coisas ruins acontecerem, como acidentes, doenças ou mortes prematuras.
Isso não é novidade, mas temos de encontrar maneiras de seguir em uma realidade onde nada é garantido e tudo pode mudar em um piscar de olhos. Mas como fazemos isso?
Encontramos maneiras de nos opormos ao medo da incerteza da vida com esperança, um sentimento de que as circunstâncias podem melhorar, que podemos persistir e que há tantas coisas boas no mundo quanto ruins.
O tema esperança é recorrente na cultura pop e, até mesmo, na política. Mas, ultimamente, ela também está começando a revelar o seu valor em estudos científicos.
Pesquisas já mostraram que entre os adultos jovens com doenças crônicas, maiores níveis de esperança levam à melhoria do enfrentamento da condição, a maior bem-estar e a um engajamento em comportamentos saudáveis, bem como proteção contra a depressão e o suicídio.
Entre os adolescentes, por exemplo, a esperança está ligada à saúde, à qualidade de vida, à autoestima e ao senso de propósito, sendo um fator essencial para o desenvolvimento da maturidade e da resiliência.
A esperança pode ser um protetor contra o medo de uma doença crônica ou de qualquer ameaça. Não se trata apenas da cura, mas da esperança de uma pessoa que enfrenta uma condição terminal, por exemplo, que pode ser usada para encontrar alegria e conforto, ou ainda ser focada em alcançar marcos da vida, como conhecer os netos ou participar de um casamento.
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Por fim, a esperança pode ser uma oportunidade para processarmos eventos que parecem ser insuperáveis, sejam acidentes ou uma vigília realizada durante os últimos dias de um parente na UTI, por exemplo.
Vale lembrar que a esperança tem muitas funções positivas, mas também pode ser um eventual caminho para decepções e desilusões. Expectativas irreais podem impedir que as pessoas façam escolhas realistas sobre tópicos importantes, como a tomada de decisões médicas.
A esperança é um componente essencial para o nosso bem-estar. Então, o que podemos fazer quando ela parece em falta?
Em primeiro lugar, podemos começar praticando a gratidão. Uma boa ideia é reservar alguns minutos do seu dia para pensar em aspectos positivos da vida: um momento de tranquilidade ao sol ou de endorfina liberada durante uma rápida caminhada pelo bairro. Esses hábitos podem ter um impacto significativo.
Outra opção é tentar enxergar que as circunstâncias podem melhorar e a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar. Em todos esses casos, é importante considerar a promoção da positividade, mesmo em situações difíceis.
Fonte: Harvard Health Publishing
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