Estudo mostra que dormir pouco e à noite aumenta o risco de infecções
Redação Publicado em 11/03/2025, às 10h00
Você tem se resfriado com mais frequência? Teve vários episódios de sinusite ou intoxicação alimentar nos últimos meses? Se a resposta for sim, talvez esteja na hora de dar mais atenção para o seu sono. Um estudo recente mostra que indivíduos que dormem menos do que deveriam e ainda trabalham à noite têm risco maior de sofrer infecções.
O trabalho avaliou dados de 1.335 enfermeiros noruegueses, e foi publicado no periódico Chronobiology International. O objetivo era checar os efeitos dos padrões de sono e do trabalho em turnos no sistema imunológico.
“Essas descobertas destacam a necessidade de se criar intervenções específicas para reduzir o risco de infeções entre profissionais da área da saúde”, afirma Siri Waage, autora principal da pesquisa e coordenadora de um centro de estudos de distúrbios do sono do Hospital Universitário de Haukeland, na Noruega.
De acordo com a pesquisadora, o déficit de sono e os padrões irregulares de sono, que incluem turnos noturnos, não apenas compromete a imunidade dos enfermeiros, como também sua capacidade de cuidar bem dos seus pacientes.
A equipe trabalhou com dados de uma amostra formada por 90,4% de mulheres com idade média de 42 anos, que incluíram questões ligadas ao trabalho em turnos, sono e frequência de infecções. A relação encontrada foi significativa.
- Enfermeiros que dormiam de 1 a 120 minutos a menos do que deveriam tinham um risco 33% de contrair resfriado.
- Já os profissionais que dormiam 2 horas a menos tinham mais do que o dobro de propensão ao resfriado.
- O risco de pneumonia e bronquite foi 129% maior para profissionais com déficit moderado de sono e 288% maior para aqueles com déficit severo.
- O risco de sinusites e infecções gastrointestinais também foram maiores de acordo com a severidade da falta de sono.
A análise ainda revelou que trabalhar à noite também aumenta o risco de contrair resfriados. Já a relação com outras infecções não foi encontrada.
As conclusões sugerem que garantir um sono suficiente pode ajudar a evitar doenças, embora ainda sejam necessários mais estudos para determinar a relação entre causa e efeito.
Os pesquisadores recomendam que enfermeiras tanham quantidade limitada de turnos noturnos, além de períodos adequados de recuperação entre eles. Além disso, exames médicos frequentes e vacinas também podem ajudar esses profissionais.
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