Redação Publicado em 21/10/2021, às 14h30
Todos os pais desejam que seus filhos atinjam os marcos de desenvolvimento esperados em cada faixa etária. Um novo estudo da University of British Columbia (Canadá) – publicado no The Lancet Planetary Health – sugere que viver em áreas com alta exposição à natureza pode beneficiar as crianças nesse aspecto.
Para a pesquisa, os autores analisaram escores de desenvolvimento de 27.372 crianças canadenses que frequentaram o jardim de infância entre 2005 e 2001. Através desses dados, eles estimaram a quantidade de espaço verde em torno da residência de cada um dos participantes desde o seu nascimento até os cinco anos de idade. Além disso, também foram avaliados os níveis de poluição atmosférica e sonora.
Os resultados, segundo os pesquisadores, destacam a importância dos espaços verdes naturais na cidade, como ruas arborizadas, parques e hortas comunitárias.
De acordo com os achados, a maioria das crianças estava indo bem em seu desenvolvimento - em relação a habilidades linguísticas, capacidade cognitiva, socialização e outros fatores. Entretanto, aquelas que vivem em um local residencial com mais vegetação e ambientes naturais por perto mostraram um melhor desenvolvimento geral do que seus pares com menos exposição a espaços verdes.
Confira:
Na opinião dos pesquisadores, a razão que explica esse fenômeno, em parte, é a capacidade das áreas verdes de reduzirem os efeitos nocivos da poluição do ar e do som. Ambos os fatores já foram apontados como influenciadores negativos para a saúde e desenvolvimento das crianças, por aumentarem o estresse, distúrbios do sono e poderem provocar danos ao sistema nervoso central.
O desenvolvimento na primeira infância foi avaliado através do Instrumento de Desenvolvimento Precoce (EDI), uma pesquisa realizada por professores do jardim de infância com cada criança para medir a capacidade delas de atender às expectativas de desenvolvimento adequadas à idade.
Para os autores, mais pesquisas são necessárias sobre o tema, porém, as descobertas sugerem que os esforços de planejamento urbano para aumentar o espaço verde em bairros residenciais e ao redor das escolas são benéficos para o desenvolvimento da primeira infância – social, emocional e mental – com potenciais benefícios para a saúde ao longo da vida.
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