Redação Publicado em 04/03/2021, às 14h30
Uma nova pesquisa da University of British Columbia revelou que o alto nível de satisfação com a vida está associado a uma melhor saúde física, psicológica e comportamental.
O artigo, publicado recentemente no Milbank Quarterly, mostrou que essa satisfação está ligada a 21 resultados positivos de saúde e bem-estar, incluindo:
A equipe responsável examinou dados de uma amostra nacional com 12.998 adultos americanos com mais de 50 anos. Cada um dos participantes foi convidado a autoavaliar sua satisfação com a vida e saúde.
Esse é o primeiro estudo a observar se uma mudança positiva na satisfação está, de alguma forma, associada a melhores resultados em indicadores de saúde e bem-estar físico, assim como aspectos comportamentais e psicossociais.
Todo o processo de pesquisa aconteceu ao longo de quatro anos, por existirem evidências indicando que a alteração dos níveis de satisfação com a vida é um ponto determinante do comportamento eleitoral, ou seja, estar satisfeito é um tópico levado em consideração no momento de escolher um governante. Além disso, na grande maioria dos países, as eleições acontecem a cada quatro anos.
Segundo os pesquisadores, o estar satisfeito com a vida é mensurado por meio da avaliação de uma pessoa sobre sua própria vida, com base em indicadores que ela considera como mais importantes. Mesmo que essa satisfação seja moldada pela genética, fatores sociais e mudanças em circunstâncias da vida, ela também pode ser melhorada tanto no nível individual como no coletivo.
Nos últimos anos, algumas organizações governamentais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), têm solicitado com urgência que países utilizem indicadores de bem-estar, além dos econômicos tradicionais, como o Produto Interno Bruto (PIB).
Os resultados desse estudo sugerem que a satisfação com a vida é um aspecto valioso para os formuladores de políticas, sendo importante considerá-lo ao planejar estratégias com o objetivo de melhorar os resultados de saúde física, psicológica e comportamental da população em questão.
Para os estudiosos, à medida que as nações pausam e reavaliam as prioridades, especialmente em um momento de grande mudança como a causada pela Covid-19, os políticos têm uma rara e excelente oportunidade de buscar o bem-estar para todos no mundo pós-pandemia.
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