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Estudo associa convívio com gangues a risco maior de suicídio

Imagem Estudo associa convívio com gangues a risco maior de suicídio

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h38 - Atualizado às 23h55

Jovens que andam em gangues tendem a sofrer mais de depressão e ter tendências suicidas, e esses problemas pioram com o tempo, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.

Assim como no Brasil, muitos adolescentes norte-americanos de bairros mais pobres são atraídos por gangues pela promessa de ganhar dinheiro, proteção ou simplesmente pelo prazer de pertencer a um grupo, algo que muitos deles não obtêm em casa ou na escola. Estima-se que naquele país esses grupos contem com mais de 850 mil integrantes. Entrar para uma turma seria, portanto, uma forma de aliviar sensações ruins.

O trabalho, conduzido por pesquisadores das universidades Bowling Green e do Estado de Michigan, avaliou um banco de dados com mais de 11 mil estudantes de ensino fundamental e médio. Os resultados mostram que os adolescentes envolvidos em gangues apresentaram níveis mais altos de depressão, com aumento de 67% na frequência de pensamentos suicidas e de 104% em tentativas de se matar.

Para os autores, pertencer a uma gangue não traz alívio para os jovens, já que, pelo que foi observado, os problemas mentais que os levam a procurar esses grupos acabam se tornando ainda mais intensos com o tempo de convívio. Os dados foram publicados na revista Criminal Justice and Behavior.