A preocupação excessiva com o peso ainda pode impactar na saúde do corpo e da mente
Redação Publicado em 24/03/2021, às 17h05
Um estudo realizado na Universidade de Bergen (UiB), na Noruega, mostrou que a autoestima elevada pode ter papel preventivo no ganho de peso.
Para fazer a pesquisa, os cientistas acompanharam 1.225 adolescentes no período de dois anos. Eles analisaram como o IMC (Índice de Massa Corporal), a autoestima e a autoavaliação da saúde foram mutuamente impactados e influenciados pela insatisfação corporal.
O resultado foi que, além de constatar que as meninas tinham uma imagem de si própria mais negativa do que os meninos, eles verificaram que a autoimagem e a autoestima positivas evitam o aumento do IMC.
Segundo as análises dos cientistas, a intenção de emagrecer ou engordar teve efeito contrário sobre a massa corporal dos jovens durante os 2 anos da pesquisa: a intenção de emagrecer e fazer dieta foi associada ao aumento do IMC, enquanto a intenção de engordar foi associada à diminuição.
Dessa forma, a conclusão a que chegaram os responsáveis pelo estudo é que a insatisfação e o sofrimento corporal podem impedir que as tentativas de perder peso sejam bem-sucedidas.
Há uma preocupação crescente de que o foco excessivo na perda de peso não seja apenas ineficaz no alcance desse objetivo, como também possa ter consequências indesejadas. Com a preocupação de emagrecer ou engordar podem surgir ciclos repetidos de perda e recuperação de peso e distração dos cuidados com a saúde, de modo geral. Transtornos alimentares e estigmatização e discriminação de peso também podem ocorrer.
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