Em experimento, casais instruídos a transar mais relataram níveis mais baixos de felicidade e de desejo sexual
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h27 - Atualizado às 23h56
Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, avaliaram os níveis de felicidade de 128 indivíduos heterossexuais, saudáveis e casados, com idades entre 35 e 65 anos. Eles foram acompanhados por três meses.
Os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro foi orientado a dobrar a frequência das relações sexuais durante a semana, enquanto o outro não recebeu nenhuma instrução. Todos passaram por avaliações para medir o bem-estar e o nível de felicidade.
Os resultados, publicados no Journal of Economic Behavior & Organization, mostram que a frequência mais alta de sexo não deixou os casais mais felizes, em parte por que esse aumento fez as pessoas terem menos vontade de transar e curtir o momento. Ou seja: quando você tem relações sexuais à vontade, você não dá tanto valor a isso.
Os casais instruídos a transar mais, na verdade, relataram um pequeno decréscimo nos níveis de alegria, além de terem sentido menos desejo e prazer sexual.
Apesar da conclusão, o autor principal do estudo, George Loewenstein, diz que continua a acreditar que as pessoas deveriam fazer mais sexo para obter mais bem-estar.
Ele acredita que, em uma pesquisa futura, em vez de simplesmente orientar as pessoas a transar mais, os pesquisadores devem oferecer condições para isso, como disponibilizar alguém para cuidar das crianças ou mandar o casal para um motel. É bem provável que os resultados sejam diferentes nesse caso.