Pesquisa recente nos EUA mostrou que 29% dos adultos têm deficiência de ferro
Redação Publicado em 05/10/2024, às 14h00
Um estudo publicado recentemente nos EUA mostra que a deficiência de ferro é mais comum do que se imagina. Publicada no periódico Jama, da Associação Médica Americana, a pesquisa mostra que 29% dos adultos têm falta de ferro, de um total de 8.000 adultos.
Em geral, a triagem para deficiência de ferro não é uma prática de rotina, e somente é realizada quando o paciente apresenta sintomas que podem indicar uma anemia.
Mas o estudo alerta que mais da metade das pessoas com deficiência do mineral não está recebendo tratamento. Na verdade apenas 22 a 35% das mulheres e 12 a 18% dos homens com falta de ferro tomaram suplementos.
O ferro é um nutriente essencial que desempenha uma ampla gama de funções no corpo humano. Talvez o mais conhecido seja o seu papel como componente importante da hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue. Também é crucial para diversos processos metabólicos, incluindo a síntese de DNA e a produção de energia.
Uma condição comum causada por baixos estoques de ferro é a anemia ferropriva. Mas a deficiência também pode causar algumas outras condições, como:
- síndrome das pernas inquietas
- diminuição da capacidade física
- comprometimento da função cerebral
- insuficiência cardíaca
- aumento do risco de morte
Pessoas com baixos níveis de ferro podem apresentar sinais e sintomas como:
- pele pálida
- fadiga
- dificuldade para respirar, especialmente após exercícios
- fraqueza
- batimentos cardíacos acelerados
- dor de cabeça
- língua dolorida ou lisa
- queda de cabelo ou unhas quebradiças
Como mostrou a nova pesquisa, a deficiência de ferro é muito comum, mas algumas pessoas têm um risco aumentado. Os fatores de risco podem incluir:
- menstruação com fluxo intenso
- gravidez e amamentação
- cirurgias ou traumas
- doenças gastrointestinais (como a doença celíaca)
- úlcera péptica
- veganismo e vegetarianismo
Embora ter níveis de ferro adequados seja vital para a boa saúde, o excesso de ferro pode causar problemas. Portanto, qualquer pessoa que acredite ter deficiência de ferro deve consultar seu médico antes de iniciar o uso de suplementos.
A ingestão excessiva de ferro pode causar efeitos colaterais gastrointestinais ou até sobrecarga de ferro, o que é chamado de hemocromatose. Portanto, é importante monitorar os níveis durante a suplementação.
Consumir alimentos ricos em ferro pode ajudar a aumentar os níveis de ferro.
A fonte mais conhecida de ferro é a carne vermelha. O ferro de fontes animais é chamado de ferro heme, enquanto o ferro de plantas é conhecido como ferro não heme. Dos dois, o ferro heme é mais fácil de ser absorvido pelo corpo. Veja outras fontes dele, além da carne vermelha:
• aves
• peixes
• frutos do mar
• ovos
O excesso de ferro heme pode estar associado a um risco aumentado de diabetes tipo 2, e o consumo excessivo de carne vermelha também está relacionado a um maior risco de doenças, como câncer de cólon e problemas do coração. Por isso não dá para exagerar! Se você sofre de falta de ferro, vale a pena consultar um profissional de nutrição!
Já os principais alimentos com ferro não heme incluem grãos integrais, verduras escuras, tofu, nozes e sementes. Veja alguns exemplos:
- lentilhas
- ervilhas
- soja
- tempeh
- feijões
- frutas secas (como figos, tâmaras e ameixas)
- extrato de tomate
- alcachofras
- batatas
- melaço de cana
- cacau em pó
- chocolate amargo
Fonte: Healthline
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