Filhos que vivem a maior parte do tempo ou exclusivamente com um dos pais têm mais problemas comportamentais ou psicológicos
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h49 - Atualizado às 23h53
Muitos casais que se divorciam têm optado pela guarda compartilhada dos filhos por achar que essa é a opção menos traumática para as crianças. E um estudo recém-publicado confirma que essa é a melhor solução.
Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, acompanharam 3.656 crianças com idades entre 3 e 5 anos. Desse total, 3.369 viviam em famílias tradicionais; 136 tinham guarda compartilhada; 79 ficavam principalmente com um dos pais; e 72 conviviam exclusivamente com o pai ou a mãe.
Problemas comportamentais, de relacionamento e outros sintomas psicológicos foram avaliados a partir de questionários respondidos pelos pais e também por professores das crianças.
Os resultados revelaram que as crianças que vivem a maior parte do tempo ou exclusivamente com o pai ou com a mãe apresentam mais problemas psicológicos ou comportamentais do que aquelas que vivem em famílias tradicionais ou com guarda compartilhada.
Para os autores, quem tem contato diário com o pai e a mãe tem relacionamentos de melhor qualidade com ambos, e isso é o mais importante para a criança. Os dados da pesquisa, divulgados pelo jornal britânico Daily Mail, serão publicados no periódico Acta Pædiatrica.