Trabalho mostrou que jovens com melhor capacidade respiratória e coordenação motora tinham as melhores notas
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h15 - Atualizado às 23h57
Praticar atividade física na infância e na adolescência beneficia a saúde física e mental de uma pessoa para o resto da vida. Mas novas evidências têm apontado para mais uma vantagem dos jovens que têm esse bom hábito: uma performance melhor nos estudos.
Em um estudo a ser publicado no Journal of Pediatrics, pesquisadores avaliaram o impacto de cada componente ativado pelos exercícios no cérebro – capacidade cardiorrespiratória, força muscular e coordenação motora.
O trabalho, feito por uma equipe da Universidade de Madri, contou com mais de 2 mil crianças e adolescentes de 6 a 18 anos. Após medir a forma física, a composição corporal e o desempenho escolar de cada um deles, ficou claro que os jovens com melhor capacidade respiratória e coordenação motora eram os que tinham as melhores notas. Já a força muscular, de forma independente, não foi associada a uma melhor performance nos estudos.
A principal autora do estudo, a pesquisadora Irene Esteban-Cornejo, sugere que investir na capacidade cardiorrespiratória e na habilidade motora pode reduzir a chance de alguns alunos irem mal na escola. Isso significa que estudar é essencial, mas participar das aulas de educação física, assim como jogar bola, também pode ter impacto positivo no boletim.