Maconha na adolescência pode inibir sensações prazerosas mais tarde

Jovens apresentaram risco mais alto de ter depressão, mais dificuldade para sentir prazer e pior desempenho educacional

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h48 - Atualizado às 23h53

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Adolescentes que aumentam o consumo de maconha com a idade têm risco mais alto de sofrer de depressão, mais dificuldade para sentir prazer e pior desempenho educacional mais tarde, no início da vida adulta. A conclusão é de um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores avaliaram 158 homens que faziam parte de um estudo sobre nutrição que acompanhou indivíduos de seis meses de idade por toda a adolescência. Aos 20 anos, usuários de maconha foram procurados para relatar a frequência de uso de maconha dos 14 aos 19 anos. Eles também foram submetidos a exames de ressonância magnética para ter suas funções cerebrais testadas.

A maioria dos jovens tinha usado a droga ocasionalmente entre os 15 e 16 anos de idade, mas aumentou o consumo de forma dramática até alcançar os 19. Esses foram os indivíduos que mais apresentaram sintomas depressivos, menor capacidade de experimentar sensações prazerosas e menores ganhos em termos de educação.

São necessários mais estudos para concluir se os resultados, publicados na revista Addiction e noticiados no jornal britânico Daily Mail, são causa ou consequência do uso da droga. Mas eles reforçam a ideia de que a substância pode ser bastante prejudicial para o cérebro em desenvolvimento dos adolescentes.

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