Marcela McGowan aproveitou a tarde desta segunda-feira (21) para fazer uma reflexão em suas redes sociais. A ex-BBB ilustrou o conselho com uma montagem
Jairo Bouer Publicado em 21/09/2020, às 16h02
Marcela McGowan aproveitou a tarde desta segunda-feira (21) para fazer uma reflexão em suas redes sociais.
A ex-BBB ilustrou o conselho com uma montagem evidenciando as diferenças entre uma foto posada e outra espontânea.
“Os padrões estéticos ganharam muita força com a internet. Estamos há um clique de distância de imagens ‘sem defeitos’, e cometemos um erro bem comum: comparar nosso dia a dia com fotos da internet, que contam com muitos artifícios pra chegar naquele resultado”, começou ela.
Em seguida, a médica revelou que as imagens tinham um intervalo de apenas três minutos.
“Minha dica de mulher pra mulher é: não compare sua realidade com fotos ‘perfeitas’ da internet, nem mesmo as pessoas das fotos são assim o tempo todo”, alertou.
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Um estudo australiano sugere que as redes sociais têm feito adolescentes terem transtornos alimentares em idade cada vez mais precoce. O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Flinders, que entrevistaram cerca de 1.000 adolescentes de 12 a 14 anos de escolas particulares para chegar à conclusão.
Os resultados mostraram que 51,7% das garotas e 45% dos garotos apresentam comportamentos pouco saudáveis, como fazer jejum e abusar dos exercícios para ganhar músculos. E muitos deles tinham apenas 12 anos!
Do total de entrevistados, três 75,4% das garotas e 69,9% dos garotos tinham conta em pelo menos uma rede social, sendo o Instagram a mais utilizada. Metade da amostra tinha menos de 13 anos de idade, a idade mínima recomendada para o uso da plataforma. Muitos participantes também utilizavam o Snapchat.
Os pesquisadores dizem que quanto mais tempo os entrevistados passam nas mídias sociais, maior a frequência de comportamentos e pensamentos consistentes com transtornos como anorexia, bulimia ou vigorexia (obsessão em ganhar músculos). Os dados foram publicados no periódico International Journal of Eating Disorders.
A equipe acredita que é preciso aumentar a resiliência dos jovens para os impactos provocados pelas mídias sociais, por isso está lançando, na Austrália, um programa com o objetivo de conscientizar adolescentes e adultos jovens, chamado “Media Smart Online”.
Vale mencionar que, em outubro, um grande estudo conduzido no Reino Unido e na Irlanda revelou que as taxas de anorexia em crianças de 8 a 12 anos de idade saltou de 2,1 em 100 mil casos, em 2006, para 3,2 por 100 mil, em 2015.
Os números foram obtidos a partir da análise de registros mensais de novos casos enviados por psiquiatras ao Sistema de Vigilância em Psiquiatria da Criança e do Adolescente ao longo de oito meses. A maioria dos pacientes são mulheres jovens e de etnia branca. Apesar de as taxas entre os mais jovens chamarem atenção, o pico dos registros é de garotas em torno dos 15 anos de idade. Para os garotos, o pico é aos 16.
Em artigo publicado no BMJ Open, os pesquisadores alertam que é preciso entender melhor as causas desse crescimento de casos em idade precoce. Pode ser apenas uma consequência de pais mais informados e melhora no diagnóstico. Mas também pode ser um efeito da tecnologia. Vamos esperar que novos estudos sejam feitos. Enquanto isso, vale a pena ensinar crianças e adolescentes a serem mais críticos em relação ao conteúdo que acessam na internet.
*Da Redação do Site do Dr. Jairo Bouer
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