Redação Publicado em 29/11/2021, às 10h00
O ânus é o orifício final através do qual as fezes saem do corpo. Em adultos, o canal anal tem de 4 a 5 centímetros de comprimento. A metade inferior tem terminações nervosas sensíveis. Por isso, é tido também como uma zona erógena, capaz de proporcionar prazer. Existem também vasos sanguíneos sob o revestimento e, em sua porção média, numerosas minúsculas glândulas anais.
Veja a seguir quatro principais problemas que podem ocorrer na região anal.
Também denominada fissura anorretal, é uma rachadura linear ou ruptura no revestimento – a anoderme – do canal anal inferior. A maioria das fissuras anais acontece quando um aglomerado fecal grande e duro estica demais a abertura anal e rasga a delicada anoderme. Com menos frequência, as fissuras anais também ocorrem por causa de diarreia prolongada, doença inflamatória intestinal ou infecções sexualmente transmissíveis (IST), envolvendo a área anorretal. As fissuras anais agudas (de curto prazo) são geralmente superficiais, rasas, mas as fissuras anais crônicas (de longo prazo) podem avançar mais profundamente através da anoderme e expor a superfície do músculo subjacente.
Um abscesso anal é uma coleção de pus inchada e dolorida perto do ânus. A maioria dos abscessos anais não está relacionada a outros problemas de saúde e surge espontaneamente, por motivos que ainda não são claros. Eles se originam em uma minúscula glândula anal, que aumenta de tamanho e cria um local de infecção sob a pele. Nos Estados Unidos, mais da metade de todos os abscessos anais acometem adultos jovens entre 20 e 40 anos, e os homens são afetados com mais frequência do que as mulheres. No Brasil, os abscessos anais ocorrem quase duas vezes mais frequentemente em homens em relação a mulheres, e estão mais relacionados com a terceira e quarta década de vida. A maioria dos abscessos anais está localizada perto da abertura do ânus, mas pode ocorrer, embora mais raramente, em local mais profundo ou mais alto no canal anal, perto do cólon inferior ou dos órgãos pélvicos.
A fístula anal é uma passagem estreita anormal em forma de túnel, que resulta da drenagem de um abscesso anal. Ela conecta a parte média do canal anal (na glândula anal) à superfície da pele. Após a drenagem de um abscesso anal (espontaneamente ou quando feita por um médico), uma fístula anal poderá se desenvolver pelo menos metade das vezes. Às vezes, a abertura da fístula na superfície da pele libera constantemente pus ou fluido com sangue. Em outros casos, a abertura fecha temporariamente, fazendo com que o antigo abscesso anal se expanda novamente, como uma bolsa dolorosa de pus.
Normalmente elas não causam dor. No entanto, às vezes os vasos sanguíneos de uma pequena hemorroida na borda do orifício anal podem coagular, formando a trombose. Isso pode ser desencadeado por um período de constipação ou diarreia. Quando ocorre trombose, a hemorroida externa fica inchada, dura e dolorida, às vezes apresentando secreção com sangue.
Confira:
Embora todos os quatro distúrbios anais causem algum tipo de desconforto ou dor local, outros sintomas variam, dependendo do problema anal específico. Em função disso, o melhor nesses casos é consultar um proctologista, que definirá a conduta mais adequada para cada caso, desde medicamentos, até cirurgia. Deve-se evitar produtos de higiene ásperos ou abrasivos. Em caso de sensibilidade, “banhos de assento” com água morna e sabão neutro. Atenção para os lenços umedecidos, que podem conter álcool e irritar a região.
De modo geral, para prevenir essas ocorrências, o mais indicado é adotar uma dieta saudável e equilibrada, para favorecer o trânsito intestinal e evitar o endurecimento das fezes, além de se hidratar com frequência.
Jairo Bouer afirma que não. “O ânus, assim como a vagina, são órgãos elásticos. Eles se dilatam no momento da relação sexual e depois voltam ao tamanho e formato original”, comenta o médico.
Porém, ele ressalta que o sexo anal só vai acontecer quando as duas pessoas estiverem dispostas. “Como em qualquer forma de sexo, só é bacana quando os dois topam a proposta”, diz Jairo.
A preocupação de muitas pessoas quando vão fazer sexo anal é sujar o parceiro durante o ato. Por isso, é comum que se faça uma lavagem anal conhecida como “chuca”. Em uma live recente, perguntaram a Jairo Bouer se era necessário fazê-la todas as vezes antes do sexo anal.
“Depende. Se você conhece bem seu organismo e sabe que está tranquilo, que o ânus está ‘liberado’ e não tem nenhum tipo de obstáculo no meio do caminho, não precisaria fazer chuca”, explica o médico. “Fazer chuca o tempo todo pode provocar um desequilíbrio e até facilitar o aparecimento de alguma diarreia ou infecções. Então, chuca é só para quando você tiver certeza que terá uma relação sexual anal e tem dúvida se o caminho está liberado totalmente”.
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