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O que mais foi impactado na vida dos jovens durante a pandemia?

Jovens viram a saúde mental sofrer um grande impacto - iStock
Jovens viram a saúde mental sofrer um grande impacto - iStock

Redação Publicado em 30/06/2021, às 10h55

De maneira geral, a pandemia já dura há mais de um ano. Embora alguns países estejam voltando à “vida normal”, muitos ainda não têm vacina para a população toda e seguem enfrentando as consequências do coronavírus. E é claro que um período tão longo de medo e preocupação impacta a vida e a saúde mental das pessoas, principalmente dos jovens.

De acordo com a nova pesquisa da ViacomCBS, Beyond 2020 – Vozes e Futuros, realizada em setembro de 2020, muitos tiveram planos interrompidos e repensaram o futuro durante esse momento de crise global.

Realizada em 15 países, dentre eles EUA, Argentina, Austrália e Brasil, foram ouvidos ao todo 8.174 jovens, com idade entre 16 e 24 anos, e todas as entrevistas foram on-line, por meio de uma imersão digital.

Dos entrevistados, 91% afirmaram que tiveram muitos planos interrompidos em 2020 (82% globalmente) e 92% disseram que 2020 fez com que eles repensassem o futuro (80% globalmente). Dentre as áreas impactadas, estão saúde mental (66%), educação (62%), tempo com os amigos (59%), finanças (58%), trabalho (54%), viagens e férias (45%), tempo com a família (42%) e relacionamentos amorosos (30%).

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E não foi apenas a pandemia que impactou a vida dos jovens. 75% também foram afetados por algo além dessa situação (73% globalmente), incluindo movimentos sociais, como o “Vidas Negras Importam”, a morte de George Floyd nos Estados Unidos (52%), desastres naturais, protestos relacionados à mudança climática (43%) e eventos políticos (40%).

O estudo mostra ainda que os jovens estão cada vez mais estressados e menos felizes: 55% dos entrevistados estão estressados; em 2017, eram 33%. Já em 2020, 51% dos entrevistados estão felizes, contra 73% em 2017. O ano de 2020 também foi usado como um período de reflexão: 55% responderam que estão ativamente envolvidos em movimentos sociais e campanhas por mudanças (54% globalmente).

Saúde mental: As áreas mais impactadas variam de país a país. Passar o tempo com os amigos foi um dos assuntos mais sensíveis, ocupando o topo do ranking de seis países – Austrália, França, Holanda, Portugal, Singapura e Estados Unidos. No caso do Brasil e Reino Unido, saúde mental foi a área que mais se destacou, seguida por Educação. 

Não à toa, 2020 definitivamente colocou a saúde no radar dos jovens – 87% dos entrevistados responderam que a saúde, tanto física quanto mental, será um foco maior na vida das pessoas (84% globalmente). Os jovens reconhecem que a saúde mental será um problema e uma prioridade no futuro – 87% dos entrevistados acreditam que a saúde mental será um grande problema na sociedade (75% globalmente); 87% dos entrevistados acreditam que haverá mais abertura e aceitação nas questões relacionadas à saúde mental (83% globalmente).

Educação: Para os jovens, a educação é um motivo de orgulho: 71% dos entrevistados afirmam que sua geração será mais educada do que as gerações anteriores (76% globalmente). O aprendizado formal ainda será importante, mas a universidade não é o único caminho para o sucesso. 61% dos entrevistados julgam que a educação escolar/universitária será menos importante do que é hoje (59% globalmente) e 52% dos entrevistados pensam que os diplomas universitários serão cada vez menos requisitados para muitas carreiras (54% globalmente).

Trabalho: A crise econômica causada pela pandemia colocou o tema emprego e trabalho em evidência – 57% dos jovens afirmam sentir que terão dificuldades financeiras no futuro (60% globalmente) e 50% dizem que os níveis de desemprego serão mais altos do que são hoje (56% globalmente). Diante desse cenário, ter estabilidade no emprego tornou-se a principal prioridade para os jovens brasileiros nos próximos 10 anos.

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