Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h34 - Atualizado às 23h55
Pesquisas mostram que problemas sexuais, como baixa libido e disfunção erétil, são bastante frequentes na população , chegando a afetar quatro em cada dez homens e uma em cinco mulheres. Mas um novo estudo sugere que esses dados talvez estejam superestimados, já que muitas alterações são transitórias e, por isso, devem ser consideradas normais.
De acordo com pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine, apenas 4,2% dos homens e 3,6% das mulheres devem ser diagnosticados com problemas sexuais. Para a equipe, liderada por Kirstin Mitchell, diferenciar dificuldades e disfunções clínicas é um dilema comum da psiquiatria, mas, pelo menos nessa área, a questão tornou-se crítica.
A equipe analisou um banco de dados com mais de 15 mil homens e mulheres britânicos de 16 a 74 anos. O problema sexual diagnosticado com maior frequência foi a disfunção erétil (60%). No caso das mulheres, 51,8% se queixavam de libido reduzida. Os autores também identificaram algumas diferenças de gênero interessantes, como o fato de que o desemprego foi associado à disfunção sexual masculina, mas não feminina.
Para chegar à estimativa, os pesquisadores utilizaram critérios aceitos internacionalmente para definir “disfunção sexual” – o problema deve durar pelo menos seis meses, ocorrer em 75% das relações sexuais e gerar aflição significativa para a pessoa.
Apesar de terem chegado a percentuais bem mais modestos que de pesquisas anteriores, os pesquisadores avaliam que, ainda assim, a incidência de problemas sexuais é expressiva e deve ser levada a sério. As informações são do site britânico Daily Mail.