Redação Publicado em 17/10/2021, às 12h00
De uns tempos para cá, o termo “pegging” tem aparecido bastante nas redes sociais e trata-se do nome dado quando a mulher usa um brinquedo sexual – constituído por um pênis artificial atado a cintas que permitem prendê-lo ao corpo (“strap-on”) – e penetra seu parceiro analmente.
Resumindo, é uma troca de papéis que pode atrair aqueles que acham erótico quebrar as normas sociais.
Antes de qualquer coisa, é interessante ter um lubrificante confiável à base de água ou silicone. O lubrificante de silicone é mais escorregadio, por isso tende a durar mais; no entanto, vale lembrar que, se você usar lubrificante de silicone com brinquedos de silicone, eles podem quebrar e se tornar mais porosos, o que permite que as bactérias se fixem e podem se tornar perigosas.
Para brinquedos de silicone, o ideal é usar um lubrificante à base de água, que também funciona bem com preservativos. Lubrificantes à base de óleo também podem funcionar bem com brinquedos de silicone, mas lembre-se de que eles podem rasgar os preservativos de látex.
Por se tratar de sexo anal, a dica para os iniciantes é ir com calma. “O ânus é um conjunto de músculos. Ele não estica nem lubrifica naturalmente como a vagina”, explica Engle, especialista em sexo e intimidade da SKYN e sexóloga. Em entrevista à Health, ela recomenda começar com os dedos e brinquedos anais menores. “Você pode até querer fazer isso quando estiver sozinha para ter uma ideia de como seria a sensação antes de tentar com um parceiro”, argumenta.
A sexóloga Jessica O'Reilley acrescenta outra dica: “Na próxima vez que você estiver no chuveiro e se sentindo relaxada, deslize suavemente um dedo lubrificado para dentro [do ânus] para conhecer os músculos do esfíncter, que são estruturas ovais em forma de anel.
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Uma observação importante, porém, é que você não precisa atingir grandes profundidades para encontrar esses músculos. Você sentirá o esfíncter externo, que pode contrair e liberar à vontade (da maneira como flexiona e relaxa o bíceps) menos de uma polegada além da abertura .
“O esfíncter interno é um pouco mais profundo, mas como esse anel de músculo liso é controlado pelo sistema nervoso autônomo, que gerencia as funções corporais automáticas, como batimento cardíaco e transpiração, ele permanece em estado de contração”, explica O'Reilley. “Você não pode exercer controle completo sobre seu esfíncter interno, mas, assim como pode diminuir sua frequência cardíaca por meio da respiração e da atenção plena, também pode ajudar a relaxar esse músculo sensível por meio de relaxamento e respirações profundas.”
Um bom exercício para os novatos é aprender a desfrutar da brincadeira anal (lamber, chupar, massagear, beijar, etc.) com a promessa de nenhuma penetração no início, para construir confiança e familiarizar-se com novas sensações, acrescenta O'Reilley.
Além disso, em todos os momentos, a comunicação é crucial, especialmente se a prática for uma nova exploração para uma ou ambas as partes. “Assim como outros tipos de sexo com penetração exigem comunicação contínua, o mesmo acontece com o 'pegging'”, diz O'Reilley. Ela sugere fazer perguntas como “Como você se sente?” e “Isso é bom?”, além de verificar se a velocidade, a profundidade e a pressão são confortáveis e agradáveis.
“Se você é novo em ser penetrado ou em penetrar um parceiro, considere permitir que o parceiro penetrado controle o ângulo, a profundidade e a velocidade para começar”, acrescenta ela.
A penetração anal não deve doer, então se houver dor em qualquer ponto, pare e reavalie.
“Proceder gradualmente em termos de velocidade, profundidade e tamanho de um objeto inserido é de suma importância”, aconselha O'Reilley. “Tire um tempo para aprofundar sua respiração e comece com um objeto muito pequeno, como seu dedo mínimo, antes de aumentar o tamanho gradualmente. Sexo não é uma corrida para a linha de chegada e a experimentação incremental pode levar a resultados alucinantes.”
Ao mesmo tempo, não se prenda exclusivamente ao ânus. É normal ficar fixado em uma única parte do corpo ou ato sexual quando estamos excitados, nervosos ou experimentando algo pela primeira vez, mas você pode aumentar a excitação de seu parceiro (assim como a sua própria) durante o ato estimulando outras áreas também.
Por fim, é uma boa ideia adiar a penetração até que ambos os parceiros estejam prontos e excitados, pois a excitação pode ajudar a relaxar e ter um efeito paliativo no corpo.
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