Por seu um método de emergência, seu uso deve ser exceção e nunca a regra
Redação Publicado em 23/02/2023, às 16h00
A pílula do dia seguinte é um método conhecido por grande parte das mulheres para evitar uma gravidez indesejada. Entretanto, é um método de emergência e seu uso deve ser exceção e nunca a regra.
Esse tipo de pílula tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de um anticoncepcional comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar maiores problemas, como irregularidade menstrual, o que, por sua vez, pode aumentar o risco de uma gravidez indesejada.
Para evitar uma possível gravidez, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível (apesar do nome, não é preciso esperar o dia seguinte), pois a sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo.
Assim, o ideal é que a pílula do dia seguinte seja tomada nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual, período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas (ou três dias) após a relação suspeita. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.
Alguns estudos indicam que as taxas de eficácia das pílulas do dia seguinte podem ser um pouco mais baixas para mulheres com sobrepeso ou obesidade.
Ou seja: mesmo quando tomada de forma correta, a pílula do dia seguinte apresenta uma margem de falha e não garante 100% de proteção. Portanto, é aquela velha história: melhor prevenir do que remediar.
De acordo com o Ministério da Saúde, as principais indicações para o uso da pílula do dia seguinte são:
Confira:
Pela alta dose de hormônio, pode haver alguns efeitos colaterais, como dores de cabeça, náuseas, vômitos, desconforto no estômago, tonturas e alterações no ciclo menstrual. A depender da fase do ciclo em que a mulher tomou a pílula do dia seguinte, é possível que haja sangramento alguns dias depois do uso.
Quando o método é utilizado com frequência, há risco de irregularidade menstrual, ou seja, o ciclo da mulher fica bagunçado. Nesses casos, os hormônios ficam tão desregulados que já não é possível saber precisamente quando se está no período fértil ou ovulando, o que pode até resultar em um risco mais alto de uma gravidez indesejada.
A recomendação, quando a mulher começa a repetir o uso da pílula do dia seguinte, é procurar um ginecologista que ofereça opções de métodos contraceptivos que deem maior segurança. As pílulas anticoncepcionais convencionais, por exemplo, contêm menores dosagens de hormônios, causam menos efeitos colaterais e são mais eficazes. Também há outras formas de administração, como adesivos, injeções ou implantes, para quem costuma esquecer de tomar a pílula.
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