Pesquisadores descobriram que as mulheres têm muitas regiões cerebrais mais ativas do que eles, o que explicaria a diferença
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h48 - Atualizado às 23h53
Um estudo pode explicar por que certos transtornos mentais, como a depressão e o alzheimer, são bem mais comuns em mulheres do que em homens. Isso talvez se deva ao fato de que elas têm regiões muito mais ativas do que eles no cérebro.
Uma equipe da clínica Amen, na Califórnia (EUA), analisou um tipo específico de exame de imagem, que mostra a atividade em diferentes regiões do cérebro, de 119 homens e mulheres saudáveis, bem como de mais de 26 mil pacientes diagnosticados com transtornos mentais diversos.
Durante atividades que exigem concentração, as mulheres apresentaram atividade aumentada em 48 regiões cerebrais, enquanto, para os homens, isso ocorreu em apenas 22 regiões. Mas, na média do estudo, os pesquisadores encontraram 65 regiões com maior atividade nas mulheres, contra apenas 9 nos homens.
Elas também contaram com atividade aumentada em mais áreas associadas ao controle do impulso e em regiões límbicas, associadas a emoções diversas. Para os pesquisadores, isso também ajuda a explicar por que as mulheres têm maior nível de empatia.
Cerca de dois terços dos pacientes que têm Alzheimer são mulheres. No caso da depressão, a incidência é praticamente o dobro em mulheres. Já doenças do desenvolvimento, como autismo e transtorno do deficit de atenção e hiperatividade costumam ser mais frequentes em homens.
As descobertas foram publicadas no Journal of Alzheimer`s Disease e noticiadas no site Medical News Today.